A Federação Internacional de Andebol (IHF) manifestou hoje “profundas condolências” pela morte do guarda-redes do FC Porto e da seleção portuguesa Alfredo Quintana, considerado um “guerreiro que partiu muito cedo”.
“As nossas mais profundas condolências e pensamentos vão para a família, amigos e colegas de equipa neste momento extremamente difícil”, lê-se numa publicação divulgada pela IHF nas redes sociais, acompanhada por um vídeo com uma das 34 defesas efetuadas pelo guarda-redes no Mundial 2021, ocorrido no Egito, de 13 a 31 de janeiro.
Alfredo Quintana morreu hoje, aos 32 anos, após sofrer uma paragem cardiorrespiratória na segunda-feira, durante o treino dos ‘azuis e brancos’, ao serviço dos quais conquistou seis campeonatos, uma Taça e duas Supertaças.
Quintana, que completava 33 anos em 20 de março, foi assistido de imediato, com apoio de uma viatura do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), tendo sido transportado para o Hospital de São João depois de estabilizado.
Nascido em Havana (Cuba), ingressou no FC Porto em 2010, naturalizou-se português e tornou-se internacional em 2014, tornando-se numa referência da equipa das ‘quinas’, tendo feito parte das seleções que conquistaram o sexto lugar no Europeu de 2020 e o 10.º no Mundial 2021, as melhores classificações lusas de sempre.
“Quintana tinha sido um motor da ascensão de Portugal nos últimos anos no panorama mundial do andebol, sendo uma peça crítica na equipa de Paulo Pereira. Móvel, apesar dos 2,01 metros de altura, destacou-se na defesa de livres, mas também foi um guarda-redes moderno, com um olhar atento à baliza”, descreveu a IHF em comunicado.
O organismo regulador internacional exemplifica essa descrição com os dois golos anotados no triunfo do FC Porto sobre o Águas Santas (34-26), no domingo, em jogo da 13.ª jornada do campeonato, na véspera de sofrer uma paragem cardiorrespiratória.
“A equipa de futebol do FC Porto e os rivais Benfica e Sporting enviaram votos de melhoras a Quintana, que não conseguiu fazer nova defesa espetacular. O dano foi muito intenso para o corpo. ‘Eu luto desde criança. Não sou um sobrevivente, mas um guerreiro extraordinário’, disse em 2020. As palavras ressoam com mais força”, concluiu.
A Federação de Andebol de Portugal decretou um mês de luto no âmbito de todos os eventos sociais e desportivos desenvolvidos até 31 de março, incluindo encontros de clubes e seleções dentro e fora do país, ações de formação e sorteios, entre outros.
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