O andebolista Diogo Branquinho considerou hoje, citando Charles Darwin numa analogia aos contratempos sofridos por Portugal na preparação do Euro2022, que “não é o mais forte ou inteligente que sobrevive, mas o que melhor se adapta à mudança”.

“Nós somos bons a adaptarmo-nos à mudança, nós somos bons a adaptarmo-nos ao caos e ao que temos que fazer. E nós queremos sobreviver o mais tempo possível na competição”, considerou o ponta esquerdo do FC Porto, de 27 anos, numa conferência de imprensa via Zoom.

Em causa estão não só as lesões que impediram André Gomes, Luís Frade, Pedro Portela e João Ferraz de marcar presença no Euro2022, que decorre de quinta-feira a 30 de janeiro, mas também alguns casos de covid-19 entre os convocados, que condicionaram a preparação.

“Não só temos que estar física, tática e tecnicamente bem, mas também ter um teste [ao coronavírus] negativo. É mais uma barreira a superar”, adiantou Diogo Branquinho, desvalorizando a falta de jogos de preparação perto do início da fase final do Euro2022.

“Nós já jogamos juntos muitas vezes. Já nos conhecemos bem. Já entendemos o que o jogador que está ao nosso lado vai fazer e o adversário não”, sustentou Branquinho, minimizando a importância de não terem sido feitos jogos perto do início da prova.

O jogador realçou a importância de “começar bem na sexta-feira frente à Islândia”, tal como no Mundial2021, e adiantou que o grupo tem vindo a preparar os três jogos do grupo B, pelo menos, logo desde o primeiro dia em que se juntou.

“O primeiro jogo é com a Islândia, já jogamos muitas vezes contra eles. É o primeiro jogo e, por isso, muito importante para o nosso objetivo, que é passar à ‘main round’ [fase principal] e depois ir, jogo a jogo, o mais longe possível”, adiantou.

Nove jogadores dos 18 que integram a convocatória não participaram no Euro2020, que culminou com a obtenção do sexto lugar e melhor classificação de sempre, e dois – Daniel Vieira (Avanca) e Martim Costa (Sporting) – são estreias absolutas.

“Não fazemos distinção entre novos e antigos. Entre todos os que cá estão há, pelo menos, dois bons jogadores para casa posição e em algumas até há mais”, considerou Diogo Branquinho, que partilha a ponta esquerda com o seu colega do FC Porto Leonel Fernandes.

Diogo Branquinho, com o primeiro treino realizado na nova Arena de Budapeste, considerou que, após na terça-feira a comitiva portuguesa ter chegado tarde à Hungria, hoje foi “o primeiro dia da contagem de uma caminhada que se espera longa”.

“O pavilhão, com capacidade para 20 mil espetadores, é fantástico. Esperamos um excelente ambiente. Hoje já deu para ganhar referências do recinto e estamos todos prontos e ansiosos para começar a competição da melhor maneira”, considerou.

A ‘bolha’ montada em torno dos jogadores tem merecido algumas críticas por parte de algumas seleções, que apontaram a presença de outros hóspedes sem os devidos cuidados sanitários, mas a organização anunciou já que está a resolver o problema.

“Nós temos que olhar para o que nós fazemos e o nosso plano tem corrido como previsto. Tomámos todas as precauções e não sentimos nenhum risco em termos de segurança de saúde”, considerou Diogo Branquinho.

A seleção portuguesa treina ao fim da tarde de quinta-feira no pavilhão de apoio Amália Sterbinsky, após o que o selecionador Paulo Pereira e os jogadores Tiago Rocha e Rui Silva, por volta das 20:30 (19:30 em Lisboa), farão a antevisão do jogo com a Islândia.

O Euro2022 decorre de quinta-feira a 30 de janeiro, na Hungria e na Eslováquia, sendo que a primeira fase apura os dois primeiros classificados de cada um dos seis grupos de qualificação para a ronda principal, que ditará os semifinalistas.

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