O andebolista luso-cubano Victor Iturriza disse que a “vida fará muito menos sentido” sem o “irmão” Alfredo Quintana, que morreu hoje, aos 32 anos, um sentimento partilhado pelos companheiros de equipa do FC Porto.
“Não consigo colocar em palavras aquilo que sinto neste momento, tampouco tudo o que representaste para mim. Como se despede de um irmão? De um companheiro de lutas? De um amigo de todas as horas? A vida fará muito menos sentido sem ti para partilhá-la, mas podes ter a certeza que cá continuaremos a honrar a tua memória”, escreveu pivô dos ‘dragões’, na rede social Instagram.
Iturriza, que tal como Quintana, também é de origem cubana, promete cumprir a promessa que fez ao malogrado guardião dos ‘azuis e brancos’ e da seleção portuguesa: “Estejas onde estiveres, eu vou cuidar dos teus amores. Enquanto aqui estiver nada lhes faltará, meu irmão!”.
Também Alexis Borges, outro pivô nascido em Cuba e naturalizado português, foi companheiro de Quintana nos ‘dragões’ e “ainda nem acredita nesta notícia tão dura”, garantindo que “nunca será esquecido”.
Um dos rivais na baliza portista, o macedónio Nicola Mitrevski, recorreu igualmente à mesma rede social para se despedir do “grande e eterno 1”, agradecendo “por tudo”, enquanto o ‘adversário’ de posição na seleção das ‘quinas’ Humberto Gomes colocou uma imagem de Quintana na foto capa no Facebook.
O central Miguel Martins garante que o “melhor guarda-redes do mundo vai ter um lugar muito especial no seu coração" e o lateral André Gomes salientou que o “parque de diversões continua”.
“Vais ter sempre um lugar muito especial no meu coração! Essa tua energia e a forma de encarar os desafios, sempre com positivismo, vai contagiar-me sempre e para sempre! Como te costumava dizer, vais ser sempre o melhor guarda-redes do mundo!”, recordou Miguel Martins.
André Gomes acredita que “nada mudou” e justifica o porquê: “O parque de diversões continua. A montanha-russa sempre acaba, por maior que seja. Encontramo-nos na roda gigante. Seguimos intemporais”.
Alfredo Quintana morreu hoje, aos 32 anos, após sofrer uma paragem cardiorrespiratória na segunda-feira, durante o treino dos ‘azuis e brancos’, ao serviço dos quais conquistou seis campeonatos, uma Taça e duas Supertaças.
Quintana, que completava 33 anos em 20 de março, foi assistido de imediato, com apoio de uma viatura do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), tendo sido transportado para o Hospital de São João depois de estabilizado.
Nascido em Havana (Cuba), o guarda-redes, de 2,01 metros, ingressou no FC Porto em 2010, naturalizou-se português e tornou-se internacional em 2014, tornando-se numa referência da equipa das ‘quinas’, que representou em 67 jogos, tendo feito parte das seleções que conquistaram o sexto lugar no Europeu de 2020 e o 10.º no Mundial 2021, as melhores classificações lusas de sempre.
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