“Como não tenho tanta resistência como os adversários, o que tenho que fazer é acompanhá-los o máximo possível”, disse, acrescentando: “Depois, como sei que tenho boa ponta final, ataco, aqui percebi que conseguiria apanhá-los”, disse Sandro Baessa, que conseguiu a prata com 45 centésimos de vantagem sobre norte-americano Michael Branningan, que ficou com o bronze (3.49,91).
No Stade de France, o atleta do Clube de Futebol de Oliveira do Douro cronometrou 3.49,46 minutos, batendo o seu próprio recorde nacional, que estava fixado em 3.52,84, fechando a prova a quase quatro segundos do vencedor, o britânico Ben Sandilands (3.45,40), que assegurou o ouro, com recorde mundial.
Sandro Baessa, de 25 anos, que assumiu não ser “pessoa de chorar”, emocionou-se no final da prova, sendo abraçado pelo amigo e atleta Lenine Cunha, medalhado nos Jogos Londres2012.
“Quando terminei entregaram-me a bandeira, e eu, que não sou pessoa de chorar, comecei logo a chorar quando vi o Lenine e fui abraçá-lo”, contou o atleta, que em Tóquio2020 foi 12.º classificado nos 1.500 metros e sétimo nos 400.
Baessa, vice-campeão mundial, disse sentir “muita alegria” com a medalha, considerando que foi uma boa maneira de “terminar uma época que não começou bem”.
Na sua segunda participação paralímpica, Sandro Baessa deu ao atletismo português a sua segunda medalha em Paris2024, que se junta ao ouro conseguido por Miguel Monteiro no lançamento do peso F40.
Em Paris 2024, às duas medalhas do atletismo, juntam-se o ouro de Cristina Gonçalves no torneio individual do boccia B3, e os bronzes do nadador Diogo Cancela, nos 200 metros estilos SM8, e do ciclista Luís Costa, na prova de contrarrelógio de estrada.
A dois dias do final da competição, Portugal superou os resultados conseguidos no Rio2016, nos quais conquistou quatro medalhas.
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