O ciclismo adaptado português chega aos Jogos Paralímpicos Tóquio2020 com a meta “num diploma e de olho numa medalha”, sabendo que a concorrência é forte, e fatores externos, como o clima, podem ser uma desvantagem.
“A fasquia está muito alta, o nível competitivo aumentou muito, mas gostávamos de ter alguém entre os oito primeiros, e estaremos sempre de olho numa medalha”, afirmou José Marques, coordenador da modalidade, à agência Lusa.
No Rio de Janeiro, em 2016, Luís Costa, que compete numa ‘handbike’ e pedala com as mãos, conseguiu dois diplomas, terminando em oitavo as provas contrarrelógio e estrada da categoria H5.
Telmo Pinão, que perdeu parte da perna esquerda na sequência de um acidente de viação e compete na classe C2, foi 22.º nas duas provas em que participou há cinco anos, nos Jogos do Rio de Janeiro.
O coordenador da modalidade reconhece que a pandemia de covid-19, que obrigou ao adiamento dos Jogos Paralímpicos, “afetou todos os atletas, obrigando ao cancelamento de muitas competições”, mas reconhece “que houve atletas que reagiram melhor do que outros”.
A falta de competições não permite ter uma ideia muito clara sobre a concorrência que os dois ciclistas portugueses vão ter nas provas que decorrerão entre quarta-feira e 02 de setembro, no autódromo internacional de Fugi e no Velódromo de Izu.
“Vai ser tudo novo, não conhecemos o percurso, e vai ser importante que os atletas se adaptem ao clima, sobretudo ao calor e à humidade”, explica José Marques, lembrando que os dois ciclistas realizaram um estágio em altitude antes da partida para Tóquio.
Luís Costa vai disputar o contrarrelógio e a prova em linha da categoria H5, enquanto Telmo Pinão disputar as mesmas provas na classe C2, e também os 3.000 metros de perseguição individual, em pista.
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