A portuguesa Carina Paim ficou hoje fora da final dos 400 metros T20 (deficiência intelectual) dos Jogos Paralímpicos Paris2024, ao terminar na nona posição as eliminatórias, nas quais foi batido o recorde do mundo.
No Stade de France, Carina Paim cronometrou 58,37 segundos na primeira série de apuramento, conseguindo a nona marca, e foi a primeira a ficar fora da final, que reúne os oito melhores tempos.
Na segunda série de apuramento, a turca Aysel Onder fez cair o recorde do mundo (55,07) estabelecido em maio passado pela indiana Deepthi Jeevanji, correndo a distância em 54,96.
Carina Paim, que foi quarta nos Jogos Paralímpicos Tóquio2020, admitiu que não ter chegado à final a “deixou muito triste”.
“A minha participação não foi a que eu queira, estava à espera de mais e melhor, o meu objetivo era chegar à final e tentar recorde pessoal”, afirmou.
A atleta do Sporting disse estar consciente de que “a competição ia ser muito dura”, e lamentou que o trabalho feito ao longo da época não tenha sido recompensado com um lugar na prova decisiva.
“Fizemos uma época de trabalho dura e estive bastante tempo fora da família para conseguir o meu objetivo, que hoje não consegui”, afirmou, acrescentando: “Mas, já estou a pensar na próxima competição, espero que corra melhor do que esta”.
Carina Paim foi a segunda atleta portuguesa a competir hoje nos Jogos Paralímpicos depois de Filipe Marques, que terminou na quarta posição a prova de triatlo da classe PTS5, disputada na Ponte Alexandre III.
Na estreia portuguesa no triatlo paralímpico, Filipe Marques, que assegurou um diploma, ficou a 40 segundos da medalha de bronze, terminando com o tempo total de 59.59 minutos, imediatamente atrás do alemão Martin Schulz (59.19), que conseguiu a medalha de bronze.
O norte-americano Chris Hammer, que foi o único a terminar abaixo dos 59 minutos (58.44), sagrou-se campeão paralímpico, e o brasileiro Ronan Cordeiro (59.01) conquistou a prata.
Em Paris2024, os atletas portugueses seguem com um total de três medalhas – duas de ouro, por Miguel Monteiro e Cristina Gonçalves, e uma de bronze, por Diogo Cancela.
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