Uma Parada dos Campeões para celebrar os desportistas franceses que estiveram nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Paris2024 baixou no sábado a cortina sobre um verão dedicado ao maior evento global de desporto.

Com quase 200 representantes da equipa olímpica de França, incluindo dezenas de medalhados, e mais de 100 da formação paralímpica, incluindo outros tantos atletas de pódio, a parada atravessou os Campos Elísios perante dezenas de milhares de pessoas que aplaudiram e saudaram os atletas, a caminho do Arco do Triunfo, além de outros milhares, de equipas técnicas a dirigentes e outras pessoas envolvidas, ao lado dos atletas.

Ali, foram homenageados aqueles que foram representando o povo francês, sob muitos aplausos, música, um espetáculo de fogo de artifício com as cores azul, vermelha e branca, antes de um concerto.

Este evento celebrou também os voluntários e inúmeros membros das equipas que ajudaram a organizar os Jogos Olímpicos, de 26 de julho a 11 de agosto, e os Paralímpicos, de 28 de agosto a 08 de setembro, e todos os que trabalharam para levantar o ponto alto planetário do desporto, que acontece de quatro em quatro anos.

“Entre nós, chamamos-lhe a quinta cerimónia”, declarou Thierry Reboul, responsável pelas cerimónias de abertura e encerramento quer de Olímpicos quer de Paralímpicos, prometendo “os mesmos elementos neste ‘show’, a surpresa, a emoção e a partilha”.

Também no evento estiveram o presidente francês, Emmanuel Macron, e o novo primeiro-ministro, Michel Barnier.

“Eles fizeram dos Jogos de Paris 2024 um sucesso e deixaram-nos muito orgulhosos. Nós os celebramos”, escreveu o presidente na rede social ‘X’ (antigo Twitter).

Crianças adornadas com as mascotes dos Jogos, muito público encostado às grades por onde passou a parada, ou junto ao recinto no Arco do Triunfo, procuraram “experienciar os Jogos uma última vez”, como declarou Sarah Lacampagne, uma voluntária, à agência noticiosa France-Presse.

Cânticos pelo presidente do Comité Organizador, o tricampeão olímpico Tony Estanguet, acompanharam a caravana, com elogios reservados também para algumas das estrelas, como a atiradora Manon Apithy-Brunet, Antoine Dupont, do râguebi, ou a triatleta Cassandre Beaugrand.

Um “verão para as lendas do desporto”, como lhe chamou Macron, que terminou com a condecoração dos 118 medalhados presentes, por antigos desportistas, entre eles Léon Marchand, Félix Lebrun, Dupont e Aurélie Aubert, esta última campeã paralímpica no boccia.

“A Marselhesa”, por Axelle de Saint-Cirel, encerrou a cerimónia e, de certa maneira, os Jogos, que venderam 12,1 milhões de bilhetes, entre os dois eventos, um novo recorde, e ‘agarraram’ o povo francês, que atravessa tumulto político.

Macron tem apelado ao efeito do movimento olímpico na “harmonia nacional” depois de um verão em que o evento tomou conta da capital e das atenções do país, a enfrentar uma crise política após as eleições legislativas, em julho, terem acabado por ser inconclusivas.

A escolha de Barnier para ser convidado a formar governo foi alvo de muitas críticas da coligação de esquerda que conquistou o maior número de lugares na Assembleia Nacional nessas eleições, com o novo primeiro-ministro a apresentar o executivo que vai liderar na próxima semana.