“Não há muito a dizer, provámos que esta [a final C] não era a nossa final. Estamos contentes pela prova sólida, na qual seguimos em primeiro do início ao fim, sempre a controlar perante condições duras. Apesar de tudo, saímos daqui com a sensação do dever cumprido”, resumiu Afonso Costa.
Na repescagem, a dupla portuguesa tinha falhado as meias-finais, reservada aos 12 melhores, por meros oito centésimos de segundo.
“Foi duro ultrapassar essa falha. Tivemos um ou dois dias para colocar as ideias no sítio e canalizar a energia toda para esta final. No fim, quando cruzámos a meta, se antes já tínhamos a sensação de que o nosso lugar era nas meias-finais, hoje isso ficou bem claro perante esta regata”, acrescentou Pedro Fraga,
Na pista 3, Fraga e Costa cumpriram os 2.000 metros de prova no Sea Forest Waterfront em 6.24,44 minutos, batendo o Chile, segundo, por mais de sete segundos, em 6.31,97, e a Venezuela, terceira, em 6.36,37.
Pedro Fraga, de 38 anos, e que completou os seus terceiros Jogos Olímpicos, diz sair de Tóquio “com a consciência tranquila” de ter dado tudo de si, à semelhança do que aconteceu com toda a equipa do remo.
“Fiz o que tinha de ser feito, estou de consciência tranquila. Dentro das condições apresentadas, tentei sempre dar o máximo e o melhor de mim ao grupo e senti que todos fizeram o mesmo. Estivemos sempre unidos até à última remada, como hoje. Saio feliz”, concluiu.
Afonso Costa, que se estreou em Jogos Olímpicos, diz ter “aprendido muita coisa neste evento e, sobretudo, neste percurso de três anos com o Pedro”.
“Apesar de andar no remo desde os nove anos, todos os dias tenho aprendido coisas com o Pedro (Fraga). Estes Jogos deixaram-me ainda com mais ‘fome’ de Paris2024, onde quero ter ainda melhor resultado para mim e para Portugal. É viciante. Tudo vale a pena para estar aqui”, garantiu o remador de 25 anos.
O remo luso voltou aos Jogos Olímpicos depois de um hiato no Rio2016, sendo que Pedro Fraga foi oitavo em Pequim2008 e quinto em Londres2012, ao lado de Nuno Mendes.
Comentários