“Para mim é uma medalha, claro, e de ouro. É o objetivo, sem dúvida. Conseguir isso diante dos meus pais, família, no Japão, diante dos meus avós que quase nunca me viram a competir com os próprios olhos... Vai ser um grande momento e gostava de ganhar diante da minha família”, declara, em entrevista à Lusa, o surfista nipónico de 23 anos.
Logo na fase de grupos, o quarto pré-designado de Tóquio2020, a surfar em casa, vai defrontar Frederico Morais, 17.º da hierarquia, além do francês Jeremy Flores e do peruano Miguel Tudela.
O objetivo, revela, é “ganhar, mas também representar”, a si mesmo, a um país e a uma modalidade.
“É um momento enorme [a estreia do surf]. Não só para mim mas para o desporto. O meu objetivo é não só representar o Japão mas também o meu desporto da melhor maneira para um público que talvez nunca tenha visto surf”, atira.
Questionado sobre o impacto da pandemia de covid-19 nos Jogos, com a população do Japão contra a realização da prova, Igarashi reconhece esse movimento num momento “muito complicado”.
“Percebo perfeitamente [quem está contra]. A coisa mais importante é a saúde. (...) Se conseguirmos fazer os Jogos de maneira segura, acho que os devíamos fazer. Como os Jogos têm muita segurança, mais cuidado, vai correr tudo bem. Os japoneses vão ver que estamos a ter muita segurança e não estamos a colocar ninguém em perigo”, declara.
De resto, afirma, os atletas vão “fazer a sua parte, ao ficar na bolha”, no caso do surf em Chiba, “competir e ir embora”. “Quando os Jogos começarem, eles vão apoiar”, confia.
Num “ambiente diferente”, com “muita coisa que vai mudar a rotina” habitual em provas, espera ainda assim que possa dar “um bom ‘show’ para toda a gente ver” e triunfar no que considera ser um sistema “bom, justo, igual para todos”.
“É um desafio em que vamos ter de dar o nosso melhor”, refere.
Os Jogos Olímpicos Tóquio2020 vão decorrer entre sexta-feira e e 08 de agosto, após o adiamento de um ano devido à pandemia da covid-19.
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