Os lusos, que tinham entrado na regata decisiva no sexto lugar, voltaram a ser penalizados por uma situação à partida e conseguiram 94 pontos ao longo da prova, a 24 das medalhas, e conquistam o sétimo diploma da missão portuguesa.

“O que se passou até é um pouco duvidoso, até fomos pedir as imagens da largada. As referências estavam ok, terá sido controlada, e estamos um bocado surpresos de ter largado de fora”, admitiu Jorge Lima, na zona mista em Enoshima.

Segundo o velejador, Portugal já pediu “a revisão das imagens”, pelo menos para “tentar esclarecer e protestar”, sabendo que “é muito difícil, se não impossível, reverter uma decisão tomada no mar”.

José Costa vê este momento como trazendo “um ligeiro amargo” por uma questão “ínfima”, que “nem é visível a olho nu”, mas não belisca o trabalho feito em prol do país, da família e da modalidade, afirmou.

Costa e Lima melhoraram a prestação em relação ao Rio2016, em que foram 16.º classificados, e Jorge Lima melhorou mesmo em relação a Pequim2008, quando foi 11.º ao lado de Francisco Andrade.

Por outro lado, o resultado iguala a melhor prestação de sempre em 49er, depois de em Sydney2000 Afonso Domingos e Diogo Cayolla também terem conseguido o sétimo posto final.

O balanço, assim, é positivo de “toda a semana”.

“A prestação a nosso ver foi excelente, não acima das expectativas, sabíamos do nosso potencial. É um grande resultado, um diploma olímpico é sempre louvável, um resultado honroso de que estamos orgulhosos, e agradecidos a todos os que nos apoiaram”, declarou Jorge Lima.

Também José Costa menciona este sétimo lugar não como uma superação, depois do 16.º do Rio2016, mas “uma confirmação”.

“Vem comprovar o que já sabíamos, sentíamos e esperávamos. Temos um quinto no Europeu, no Mundial, temos os melhores resultados da história de Portugal na embarcação. Queríamos deixar a nossa marca nos Jogos também, e já no Rio2016 queríamos isso. (...) Queríamos vir aqui corrigir esse mal-entendido entre nós e a classificação (do Rio). E conseguimo-lo, através de muito trabalho” e da chegada de um novo treinador, acrescentou.

Dedicando o resultado às filhas e a toda a família, e suporte, a dupla realçou ainda uma série de dificuldades a nível pessoal “na preparação e na vida”, mas que levaram a que os dois se unissem mais e ganhassem “um poderio maior na capacidade de encaixe face à ansiedade, stress e pressão”, destacou José Costa.

Para a frente, há que “descansar” antes de pensar em Paris2024, ainda que “a mente competitiva leve a pensar nisso”, e também “uma reflexão profunda, não só quando os resultados são maus, mas também quando são bons”.

A prova foi conquistada pelos britânicos Dylan Fletcher e Stuart Bithell, enquanto os neozelandeses Blair Tuke e Peter Burling alcançaram a prata e os alemães Erik Heil e Thomas Ploessel o bronze.

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