O Comité Olímpico Internacional (COI) revelou hoje que “cerca de 80% dos atletas” que competirão em Tóquio2020 já estão vacinados, sendo que a presença do público japonês no evento será decidida “até ao fim de junho”.
“Estes números são os que nos vão sendo transmitidos pelos comités olímpicos nacionais. Continuamos disponíveis e a fazer um esforço diário para ajudar a aumentar estes números. Recordo que há um prazo limite para a toma da primeira vacina, para que a imunização seja atempada”, avisou o diretor-executivo de Tóquio2020, Christophe Dubi.
Após nova reunião do conselho executivo do COI, foi divulgada a informação que cerca de 8.500 dos 10.900 atletas previstos competir em Tóquio2020 já estão vacinados. A este número, a rondar os 78%, há a acrescentar os que ainda não foram oficializados como apurados por ranking, mas já foram imunizados.
O responsável referiu que alguns desportistas tiveram de viajar para serem vacinados pelo facto dos seus países ainda não terem acesso às mesmas, enquanto outros “escolheram não ser vacinados”, mas recordou que o COI “não obriga, apenas encoraja” a que sejam imunizados.
Quanto à presença de público nos eventos, o COI aguarda as diretrizes das autoridades japonesas, sendo que a parte que lhes compete é “dar-lhes a informação mais completa e rigorosa possível para que tenham os dados para tomarem a melhor decisão”.
O COI “encoraja” igualmente a vacinação de todos os voluntários e jornalistas internacionais, disponibilizando-se para “ajudar”, contudo recorda que não é este organismo quem decide, em cada país, quem é imunizado.
A “confiança nuns Jogos Olímpicos seguros” resulta igualmente das experiências do crescente número de organizações desportivas bem-sucedidas a nível internacional, sendo que o COI mantém “canais abertos” com todo o tipo de organismos, como a FIFA ou UEFA, por exemplo, que vai agora organizar o Euro2020.
“São experiências muito úteis, pois podemos aprender muito de outros eventos, como lidar com os espetadores e as competições em contexto covid. Por isso temos livros de regras tão detalhados para todos os grupos de participantes, sempre suscetíveis de serem melhorados”, assumiu.
Christophe Dubi lembrou que a organização tem trabalhado com os “maiores especialistas internacionais” na área da covid-19, porém garantiu que “não há crítica ou recomendação” que o COI não tenha em conta, recordando o seu firme compromisso de uns “Jogos seguros para todos, incluindo os próprios japoneses”.
O dirigente aguarda ainda pelas autoridades nipónicas para a definição do número de médicos e enfermeiras a viajar para o Japão para reforçar o sistema de saúde em Tóquio.
As comitivas dos países nos quais a situação covid-19 esteja mais problemática podem ser obrigados a “medidas extraordinárias” no período anterior à viagem para o Japão, “o que podem obrigar a 100% de vacinação das mesmas”.
A propósito da quarentena obrigatória poder colidir com a liberdade e movimentos da comunicação social, o responsável recordou que vários órgãos de informação internacionais optaram por enviar jornalistas antes de 01 de julho, altura em que as regras se tornam ais rígidas, para que durante o período competitivo esses profissionais já não estejam sujeitos às regras apertadas dos primeiros 14 dias no país.
Os Jogos Olímpicos, adiados um ano devido à covid-19, vão decorrer entre 23 de julho e 08 de agosto.
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