A participação portuguesa em Londres terminou com uma medalha e nove diplomas olímpicos. Na avaliação final a estes resultados, Mário Santos, Chefe da Missão Olímpica, avaliou como positiva a prestação portuguesa e diz que é na hora de definir objetivos que não de pode cair em fantasias.
«Esta foi uma participação positiva numa análise que deve ser feita tendo em conta a realidade da prática desportiva e o modo como se encara o desporto em Portugal», começou por dizer Mário Santos, definindo em seguida os pontos altos e os pontos baixos da participação portuguesa.
«Obviamente, o ponto alto foi a medalha de prata, muito perto do ouro. A desilusão foi a Telma, que estava perto do ouro e não conseguiu demonstrar o seu valor aqui. Depois, há outro ponto alto com a Clarisse Cruz e baixo com a Carolina Borges», enumerou o chefe de missão português.
Quanto ao futuro, Mário Santos expressou o desejo de querer mais e lutar por mais».
«Temos atletas com muito talento, mas temos de nos organizar para potenciar o nosso valor e as mais-valias que o nosso país possa ter. Qualquer uma das nossas modalidades, ao nível do investimento, está muito longe do nível dos países com que nos batemos», disse o dirigente, perspetivando já a participação portuguesa no Rio de Janeiro.
«O desporto e os resultados não se alcançam de um momento para o outro. O Rio é já amanhã e grande parte do trabalho já está feito. Temos de definir planos e o que queremos fazer de forma clara. Mas é melhor ter os pés bem assentes na terra e dar pequenos passos, mas que sejam para a frente.»
Sem entrar em pormenores, Mário Santos deixou também avisos à navegação: é preciso definir de uma vez por todas o que Portugal quer das modalidades olímpicas.
«É importante definir o que é que Portugal quer da sua participação olímpica. É preciso que cada um saiba o que vem aqui fazer. Não é por acaso que alguns países têm resultados e outros não alcançam o que procuram», terminou.
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