O relatório da Agência Mundial Antidopagem (AMA) que indicou “sérias falhas logísticas” nos controlos antidoping durante os Jogos Olímpicos Rio2016 causou “desconforto””, admitiu hoje o presidente da Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF).

“O que posso dizer é que me congratulo com relatórios como este, às vezes a sua leitura é desconfortável, mas é fundamental que este tipo de observações sejam feitas”, afirmou Sebastian Coe, no Qatar, numa reunião da Associação de Atletismo da Ásia.

Apesar de ter admitido que ainda não viu o relatório, divulgado na quinta-feira, Coe considerou que a “inteligência” de documentos deste tipo foi essencial para o atletismo aprender a lidar com questões de doping.

No Qatar, Sebastian Coe recebeu o apoio a propostas de alteração aos regulamentos de doping que a IAAF deverá analisar em dezembro.

Na quinta-feira, a AMA publicou um relatório que revelou a existência de “sérias falhas logísticas” e que afetou os controlos antidoping nos Jogos Olímpicos do Rio2016.

O relatório, elaborado por um conjunto de observadores independentes enviados pela AMA ao Rio de Janeiro, a convite do Comité Olímpico Internacional (COI), indica que, em alguns casos, atletas selecionados para o controlo antidoping “simplesmente não foram encontrados”.

Apesar das inúmeras falhas, Jonathan Taylor, o responsável pelo painel independente, considera que o programa antidoping do Rio2016 foi “capaz de atingir um número de resultados positivos em condições desafiantes”.