O canoísta natural de Ponte de Lima voltou a subir a um pódio em Jogos Olímpicos, agora ao terceiro lugar, depois da medalha de prata em Londres2012 em K2 1.000 metros, juntamente com Emanuel Silva.

Aos 31 anos, Pimenta concretizou o “sonho” a solo, após 1.000 metros num caiaque, admitindo que lhe falta cumprir o de ser campeão olímpico, apesar de já ter garantido a imortalidade, junto a Carlos Lopes, Rosa Mota, Fernanda Ribeiro Luís Mena e Silva, os outros portugueses que arrecadaram mais do que uma medalha.

A história da regata da final é simples de contar, Pimenta, depois de ter batido o recorde olímpico nas meias-finais, começou forte, como sempre, seguiu praticamente até final lado a lado com húngaro Balint Kopasz, que se destacou nos últimos metros, altura em que o também magiar Adam Varga ultrapassou o português, cruzando a linha de chegada 28 milésimos de segundos antes.

Pouco depois, José Costa e Jorge Lima igualaram a melhor classificação portuguesa de sempre em competições de vela 49er, ao terminarem no sétimo lugar, após terem sofrido uma penalização na regata das medalhas, à qual chegaram no sexto posto.

Costa e Lima melhoraram o desempenho em relação ao Rio2016, em que foram 16.º classificados, e Jorge Lima melhorou mesmo em relação a Pequim2008, quando foi 11.º ao lado de Francisco Andrade, igualando o sétimo lugar de Afonso Domingos e Diogo Cayolla, em Sydney2000.

O 49er português assegurou um diploma olímpico, ao terminar com 94 pontos, ficando a 24 das medalhas, num resultado que os dois velejadores consideraram “excelente”, mas “não acima das expectativas”.

A jornada olímpica começou com a qualificação do triplo salto, com o ‘voo’ direto de Pedro Pablo Pichardo para a final, com 17,71 metros no segundo salto, e a despedida de Jogos Olímpicos de Nelson Évora, campeão em Pequim2008.

Sem que seja uma cordial passagem de testemunho, garante a manutenção de uma posição de destaque a Portugal na disciplina, com Pichardo a prometer um salto acima dos 18 metros e Évora a prosseguir a carreira, apesar da operação ao joelho há três meses – hoje foi ‘traído’ pela virilha terminou a sua quarta presença olímpica com o 27.º lugar, com 15,39 e dois nulos.

Tal como Pichardo, também Tiago Pereira se estreou em Jogos Olímpicos, mas o agora pupilo de João Ganço não foi além do 16.º lugar final, com 16,71 metros e a 12 centímetros do último apurado para a final, a disputar na quinta-feira.

Ainda na pista do Estádio Olímpico, Cátia Azevedo avançou para as semifinais dos 400 metros, com o 15.º tempo das qualificações (51,26 segundos), e Francisco Belo ficou afastado da final do lançamento do peso, com o 16.º arremesso (20,58 metros).

Também hoje, a canoísta Teresa Portela foi 10.ª na competição de K1 200 metros, um dia antes de iniciar a prova de 500 metros, ao vencer a final B da distância.

Na vela, os irmãos Diogo Costa e Pedro Costa, vice-campeões do mundo em 470, terminaram a primeira presença olímpica no 15.º lugar, depois de terem vencido uma das regatas da despedida da classe como embarcação unissexo.

A encerrar o dia, a cavaleira Luciana Diniz, em Vertigo du Desert, cumpriu a qualificação sem faltas, em 85,62 segundos, avançando como a oitava mais rápida entre os 30 apurados para a final, marcada para quarta-feira, às 19:00 locais (11:00 em Lisboa).

A luso-brasileira, de 50 anos, procura melhorar o nono lugar do Rio2016, depois de ter sido 17.ª em Londres2012 e 38.ª em Atenas2004, esta última ainda a representar o Brasil.

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