A China despediu-se hoje dos Jogos Olímpicos de Inverno marcados por um boicote diplomático, e pela pandemia de covid-19, numa cerimónia em que o presidente do Comité Olímpico Internacional (COI) apelou à massificação do acesso às vacinas.
No encerramento dos Jogos, que classificou como “inesquecíveis”, Thomas Bach pediu a comunidade internacional que trabalhe de forma a que todos os países “tenham acesso igual a vacinas”, invocando a “solidariedade do espírito olímpico”.
“Vamos deixar para trás este episódio [pandemia] e ser mais rápidos, apontar mais alto e ser mais fortes, vamos fazer isso juntos”, afirmou o presidente do COI, aludindo ao lema dos Jogos Olímpicos.
Na presença do presidente chinês, Xi Jinping, Bach considerou que Pequim organizou uma competição “fantástica” em instalações “magníficas”, recordou todos os que foram impedidos de competir devido à covid-19, e enalteceu o espírito de união dos atletas.
“O poder unificador dos Jogos Olímpicos é maior do que as forças que nos possam dividir. Oxalá todos os líderes políticos se inspirem no vosso exemplo de solidariedade e paz”, disse Bach, antes de “convocar” todos a marcarem presença, em 2026, nos Jogos que decorrerão em Milão e Cortina d'Ampezzo, na Itália.
Pequim, que se juntou a Tóquio como a segunda cidade a organizar competições olímpicas em tempo de pandemia, será ainda palco dos Jogos Paralímpicos de Inverno, que decorrerão entre 04 e 13 de março.
Na origem da ausência de representantes diplomáticos de países como Estados Unidos, Reino Unidos, Canadá e Austrália estiveram o desrespeito pelos direitos humanos na China, nomeadamente a perseguição à população uighur em Xinjiang, o tratamento aos tibetanos e a repressão de liberdades em Hong Kong.
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