Patrícia Mamona e Susana Costa protagonizaram hoje um momento histórico para o atletismo português, ao apurarem-se para a final do triplo salto nos Jogos Olímpicos Rio2016.
As saltadoras lusas levaram o suspense ao limite, com Mamona a apurar-se no seu último salto e Costa a fazê-lo no último ensaio do apuramento.
A ‘fasquia’ para a final estava estabelecida nos 14,30 metros, uma marca ao alcance da recordista nacional, que em Amesterdão saltou 14,58 para conquistar o ouro, e também da estreante Costa, que tem como melhor registo 14,34.
A campeã europeia começou mal, talvez perturbada pelo ruído do estádio que aplaudia a especialista brasileira, saltando apenas 13,80 metros, com uma chamada bem longe da tábua. O segundo ensaio foi bem melhor (14,07) e deixou-a num provisório quinto lugar.
Apesar de uma péssima chamada (ficou a 20 centímetros do risco), Mamona saltou 14,18 metros na sua última oportunidade para fixar-se, então, no sétimo posto.
Atentamente, a saltadora do Sporting foi acompanhando a prova das suas adversárias e vendo que o seu objetivo primordial estava a escassos minutos de concretizar-se.
Confirmada a sua presença na final, a campeã europeia, que falhou a final de Londres2012 por um centímetro, foi atentamente acompanhada pelas câmaras televisivas, que se concentraram no seu rosto antes do último salto de Susana Costa.
A atleta do Benfica, que foi quinta nos Europeus, estava bem longe do grupo da frente antes do seu último ensaio, depois de ter saltado 13,70 e 13,72 metros nos dois primeiros saltos.
A expetativa era grande e, quando se levantou da areia, Susana Costa, visivelmente emocionada, levou as mãos ao rosto, antes de explodir de alegria: os 14,12 metros que fez deram-lhe o 11.º na qualificação e, consequentemente, o passaporte para a final.
As duas saltadoras portuguesas abraçaram-se, sob o aplauso do público, para comemorarem um momento histórico para o atletismo nacional: pela primeira vez nos Jogos Olímpicos, haverá duas representantes lusas na final.
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