Marcos Freitas, Tiago Apolónia, Jieni Shao e Fu yu, quatro dos cinco participantes portugueses no ténis de mesa dos Jogos Olímpicos de Paris2024, rumaram hoje a França, com perspetivas de melhorar resultados para poder depois "sonhar com mais".

A caminho da quinta presença olímpica, os experientes Marcos Freitas e Tiago Apolónia, que disputam a prova individual e a de equipas, abordaram com pragmatismo os objetivos para a prova, não se comprometendo com objetivos concretos, mas assumindo ambição para ambas as competições.

 "Nós estamos otimistas para as duas, como é óbvio. Somos o número oito em equipas, eu sou o número 12 na prova individual também. Por isso, tenho objetivos altos nas duas vertentes. Vou dar o meu máximo, preparar-me, que é o que eu faço sempre", sentenciou Marco Freitas, 18.º da hierarquia mundial, em declarações aos jornalistas, no Aeroporto Francisco Sá Carneiro.

Para o atleta madeirense, que salientou a responsabilidade que acarreta representar Portugal pela quinta vez, o sorteio, a realizar-se na próxima quarta-feira, poderá ser decisivo para determinar as hipóteses lusas de chegar a eventuais medalhas ou diplomas.

"Queremos começar bem na prova, entrar bem, ganhar o primeiro jogo. É um pouco difícil estar a falar em posições finais porque não sabemos o sorteio, mas passa por tentar sempre chegar o mais longe possível, preparar o dia-a-dia e estar bem fisicamente", explicou.

Tiago Apolónia, número 66 do mundo, mostrou-se feliz pela oportunidade e de "consciência tranquila" pela preparação que fez, realçando que a prova de equipas pode ser uma oportunidade para "sonhar", caso vençam a primeira partida e consigam a qualificação para os 'quartos'.

"Na prova de equipas, são 16 equipas do mundo inteiro. Todas são extremamente fortes, mas obviamente que há umas mais fortes do que outras. É esperar pelo dia 24 e preparar da melhor forma possível. Queremos vencer o primeiro jogo, que é o grande objetivo. Conseguirmos estar nos quartos de final e, a partir daí, sonhar com mais", constatou.

A dupla vai acolher João Geraldo, estreante olímpico que compõe a equipa portuguesa, depois de ter sido suplente no Rio2016 e em Tóquio2020, com Apolónia a garantir que o colega está preparado para ajudar a superar o quinto lugar conseguido em Londres2012, melhor prestação lusa.

"Vai ser a primeira vez para o João Geraldo, nas nós já jogámos muitas provas importantes juntos. Campeonatos da Europa, Campeonatos do Mundo, tivemos toda esta preparação juntos... Claro que vamos ajudar em certas coisas, porque temos mais experiência neste tipo de eventos. Mas sim, claro que está preparado e vai certamente dar o seu melhor e ajudar-nos como equipa", realçou.

No ténis de mesa feminina, Fu Yu (80.ª do mundo), de 45 anos, parte já para a sua terceira experiência olímpica, constatando que poderá ser a última, com o único objetivo de melhorar a prestação em Tóquio2020, quando foi eliminada na terceira ronda do torneio individual.

"Para mim, espero que seja melhor do que as últimas vezes. É só isso, para mim. Queremos ganhar mais jogos. Esta pode ser a minha última vez, mas vamos ver. Oxalá que aproveite bem a aldeia olímpica. [Chegar às medalhas] é um sonho, mas é difícil, admitiu.

Fu Yu e Jieni Shao (51.ª mundial) assumiram que alcançar medalhas poderá ser "quase impossível", dada a qualidade de algumas das adversárias, mas não deixarão de desfrutar da ocasião e tentar chegar o mais longe possível.

Com provas individuais, em dupla e em equipa, o ténis de mesa estará representado nos Jogos Olímpicos de Paris entre 27 de julho e 10 de agosto.