Marta Pen foi eliminada, esta quarta-feira, nas meias-finais dos 1500 metros e está assim fora da final. A atleta portuguesa não conseguiu melhor que o 10.º lugar na série, apesar de ter feito a melhor marca pessoal da temporada, com 4:04.15.
No final da prova, em declarações à RTP, a corredora do Benfica mostrou-se orgulhosa da sua prestação, mas admitiu que o grande objetivo era chegar à final.
"Não foi o que eu esperava. As meias-finais existem para decidir quem vai à final e eu estava aqui, como todas as outras, para seguir para a final. Nunca parti a pensar noutra coisa que não isso. A prova dos 1500 metros é muito tática e houve ali um pequeno erro tático", começou por explicar.
"Nos 400 metros descolei do grupo da frente e demorei a conseguir encontrar o meu caminho. Acabei forte, com a melhor marca da época, portanto tenho de estar orgulhosa da minha prestação. Chegar aos Jogos Olímpicos e correr a melhor marca do ano numa prova tática sem dúvida que é um ótimo indicador. Só posso estar orgulhosa", acrescentou.
Além disso, Marta Pen lembrou que a prova obrigou a muito esforço nos últimos anos. "São quatro minutos na pista, mas são 15 anos de trabalho. Houve alguns momentos da minha carreira que foram de mudança de mentalidade. Uma das coisas que me marcou muito foi perder o meu pai. Isso fez com que deixasse de pensar que um dia podia ir aos Jogos Olímpicos, para começar a pensar que quero ir aos próximos Jogos Olímpicos", lembrou.
"Queria muito que a minha mãe e as minhas irmãs tivessem oportunidade de me ver no palco dos sonhos e às vezes para atingirmos coisas importantes na nossa vida temos de meter timings. Na altura estava muito longe. Disse ao meu treinador 'quero ir aos Jogos Olímpicos daqui a dois anos', foi um choque para ele. Só queria transmitir que é importante termos objetivos, mesmo que sejam assustadores, é porque realmente valem a pena", referiu ainda.
Por fim, a atleta portuguesa apontou à próxima Olimpíada. "Estive no palco dos sonhos, queria mais. Daqui a três anos voltamos com mais objetivos e para viver mais um sonho", rematou Marta Pen.
Comentários