A Justiça brasileira determinou a interdição das instalações construídas no Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016, num prazo de 48 horas, devido à ausência das licenças que atestam a segurança, segundo a imprensa local.

Segundo o portal de notícias G1, a decisão partiu de um pedido do Ministério Público Federal (MPF), que declarou que as instalações em causa não podem ser usadas devido à ausência dos atestados de segurança emitidos pelo Corpo de Bombeiros e pela Prefeitura do Rio de Janeiro.

"A Autoridade de Governança do Legado Olímpico, a AGLO – autarquia federal responsável pela gestão e cuidado das instalações olímpicas – foi extinta em junho do ano passado, o que contribuiu para o estado de abandono dos locais, tendo havido furto de equipamentos e cabos de energia", refere o MPF.

Os equipamentos em causa, sobretudo estádios, recebem com frequência eventos de grandes dimensões, como concertos e festivais, com a presença de milhares de pessoas.

"Esse cenário, composto por locais castigados pela falta de cuidado e pela presença de milhares de pessoas, pode resultar em tragédias", declarou o juiz federal Eugenio Araujo, da 17.ª Vara Federal, na sua decisão, citado pelo G1.

O Rio de Janeiro recebeu em 2016 os Jogos Olímpicos de Verão, tendo os eventos desportivos sido distribuídos por quatro regiões daquele estado brasileiro.

A maioria dos eventos foi realizada na zona oeste da cidade, na região da Barra da Tijuca, onde foi construído o Parque Olímpico, um complexo desportivo com 118 hectares de área.