Belo, de 30 anos e a fazer a estreia olímpica, começou com um lançamento nulo, antes de alcançar os 20,58 metros, conseguindo 20,24 no terceiro e último ensaio, para acabar em sétimo do Grupo A e ser, depois, ultrapassado por mais nove do Grupo B, acabando no 16.º posto final.
A qualificação direta estava cifrada nos 21,10 metros, registo que seis atletas atingiram, sendo que passavam os 12 melhores – o último apurado fez 20,90.
O luso, que até tinha feito este ano 21,28 metros, o seu melhor registo de sempre, não conseguiu avançar depois de somados os dois grupos de qualificação, numa estreia “complicada”.
“O primeiro saiu-me mal do pescoço, estava muito húmido. Meteu logo um mau primeiro lançamento, mas quando uma pessoa vem fixada num objetivo não treme. Fui para o segundo como para o primeiro, a dar o máximo. Não foi muito bem conseguido, mas a marca não foi assim tão má quanto isso. No terceiro tentei arriscar”, explicou.
Como em competição “nada é assim tão simples”, não conseguiu chegar à marca de qualificação e avançar, ficando “triste por conseguir falar”.
“Quando estou sem voz é quando correu bem”, explicou.
Ainda assim, a competição não se resume a “meter os melhores resultados numa tabela Excel, porque se assim fosse, fazia-se por videochamada, o que com a covid-19 até era melhor”, ironizou.
“Vimos para dar o nosso melhor, gritar, lançar mais. Estou triste por conseguir falar, porque quando estou sem voz é quando correu bem. Está a voz demasiado viva para o meu gosto. Vim dar o meu melhor, não fiquei contente. Estou feliz por ter dado o meu melhor e ter fugido de algumas adversidades”, atirou.
Queria “redimir” o resultado na final, queria poder “soltar um bocadinho o animal” e conseguir chegar à final, mas fica pelo caminho, sem perder a vontade de “ser mais ambicioso, querer mais, ir à luta”, como fez hoje na qualificação.
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