Centenas de exilados tibetanos desfilaram sexta-feira nas proximidades da embaixada chinesa na capital indiana, onde fizeram uma concentração de crítica aos Jogos Olímpicos de Inverno e exigiram liberdade para o seu território.
Os protestantes exibiram bandeiras do Tibete e cartazes com mensagens como “Dizer Não aos Jogos do Genocídio”. Exigiram que a China saia do Tibete e solicitaram que a comunidade internacional enfrente Pequim.
“Os Jogos Olímpicos simbolizam o espírito de amor e paz, mas desta vez são acolhidos por Pequim, que é responsável pelas mortes de milhares de tibetanos e violações dos direitos humanos de milhões de pessoas”, disse o secretário-geral do Congresso da Juventude Tibetana, Sonam Tsering.
Os manifestantes também gritaram frases contra o regime chinês e queimaram bandeiras da China.
Um número elevado de tibetanos tem vivido em exílio na Índia desde que o seu líder espiritual, o Dalai Lama, fugiu do Tibete, depois de um levantamento falhado em 1959.
A China não reconhece o autoproclamado governo tibetano no exílio, que está na Índia, e acusa o Dalai Lama de procurar separar o Tibete da China.
Grupos de defesa de direitos humanos têm designado os Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim, como os Jogos do Genocídio e os EUA e outros Estados têm usado os ataques aos direitos humanos como argumento para boicotarem o evento.
A China nega qualquer ataque aos direitos humanos, classificando as referências feitas como “a mentira do século”.
Entretanto, a Índia não vai enviar o seu ministro dos Negócios Estrangeiros a estes jogos, depois de se saber que a chama olímpica vai ser transportada por um soldado chinês que ficou ferido durante um confronto fronteiriço entre militares chineses e indianos há dois anos.
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