O Conselho Executivo do Comité Olímpico Internacional (COI) apresentou ontem uma reforma da Carta Olímpica, documento de base do movimento desportivo global, para nela radicar vários princípios fundamentais de direitos humanos.

O objetivo da reforma dos artigos um a quatro da Carta, que será debatida na Sessão do COI do próximo mês, em Bombaim, é colocar o movimento olímpico como promotor de um estilo de vida assente em “direitos humanos internacional reconhecidos”.

Pretende a criação de um olimpismo de discriminação zero, e o presidente, Thomas Bach, declarou hoje este como “um grande passo em frente” para o movimento, após uma reunião do Conselho Executivo.

No artigo 40, por seu lado, o objetivo é incluir “o direito à liberdade de expressão para todos os competidores, oficiais e outros membros técnicos em Jogos Olímpicos”, rompendo com a necessidade de neutralidade de eventos anteriores.

Ainda assim, esta liberdade deve respeitar “os valores olímpicos”, no caso de as alterações serem aprovadas no próximo mês.

Entre os candidatos, que também serão confirmados na próxima Sessão, que costuma acatar as propostas do Conselho Executivo, estão nomes como a antiga voleibolista peruana Cecília Tait, a atriz Michelle Yeoh, os antigos executivos Balázs Furjes e Michael Kersten, a sueca Petra Sörling ou o sul-coreano Jae Youl Kim, entre outros.

A entrada dos novos candidatos colocará a percentagem de mulheres no COI em 41,1%.