O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, lamentou hoje a morte do antigo primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, assinalando que os Jogos Tóquio2020 “nunca se teriam celebrado” sem a sua intervenção.
“O Japão perdeu um grande estadista e o COI perdeu um defensor e um querido amigo do movimento olímpico. (...) Sem a sua visão, determinação e confiança nos permitiram tomar a decisão, sem precedentes, de adiar os Jogos Olímpicos de 2020”, devido à pandemia de covid-19, disse Bach, em comunicado.
O líder do COI considerou mesmo que, “sem o primeiro-ministro Shinzo Abe, os Jogos nunca se teriam celebrado”, ainda em plena pandemia, e que “o sonho olímpico dos atletas de todo o mundo não se teria tornado realidade”.
O presidente do Comité Paralímpico Internacional, o brasileiro Andrew Parsons, também se manifestou “muito triste” com a morte de Abe, que qualificou de “um líder visionário”, destacando igualmente o “papel fundamental na realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio”.
O antigo primeiro-ministro japonês Shinzo Abe morreu hoje depois de ter sido atingido a tiro enquanto discursava num comício eleitoral em Nara, uma cidade no oeste do Japão.
Abe, 67 anos, foi atingido pelas costas quando fazia um discurso na rua antes das eleições parlamentares de domingo.
O Partido Liberal Democrático (LDP), a que pertencia, anunciou a sua morte após os serviços de saúde terem anunciado que Abe tinha sido levado para um hospital em paragem cardiorrespiratória, segundo a agência espanhola Efe.
Abe foi primeiro-ministro em 2006, durante um ano, e novamente de 2012 a 2020, batendo recordes de longevidade na liderança do Japão.
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