O PCP criticou hoje a falta de apoios do Governo à realização de testes à covid-19 dos clubes e federações aos seus atletas e pediu “critérios praticáveis” para a retoma do desporto no país.
“É urgente a definição de critérios praticáveis para a retoma, o estabelecimento de normas sanitárias para cada modalidade e situação em concreto, e a rápida atribuição dos apoios prometidos”, lê-se num comunicado dos comunistas “pela retoma da atividade desportiva”.
O desporto foi um dos “setores mais afetados com a covid-19, trazendo consequências graves para o país”, incluindo para a saúde dos portugueses e o confinamento e paragem da atividade desportiva veio a piorar “a situação financeira das associações e clubes desportivos”, acrescenta-se no comunicado.
O PCP também criticou o governo por não ter adotado “qualquer tipo de apoio” destinado a associações, federações e clubes, “à semelhança do que aconteceu com o movimento associativo popular”.
Os apoios anunciados, como o Fundo de Apoio para a Recuperação da Actividade Física e Desportiva e o Programa Federações + Desportivas, “com valores manifestamente insuficientes”, tardam em chegar, acusam os comunistas.
No caso da testagem à covid-19, o PCP sublinhou que há orientações que definem critérios que “muito dificultam a retoma, sobretudo num contexto em que os clubes e federações já se encontram numa situação complexa e não aponta a previsão de regresso do público”.
Os comunistas criticam ainda a falta de apoios do executivo à testagem, exigida “para retomar toda a atividade de médio e alto risco”, o que tem levado a transferir custos para as federações e clubes, que depois “acabam por pedir aos praticantes e às famílias” que custeiem os testes.
Portugal avança hoje para a terceira etapa do desconfinamento com o regresso às aulas presenciais no secundário e no ensino superior e com a reabertura de lojas, restaurantes e cafés, mas 10 concelhos não acompanham esta nova fase.
A decisão da generalidade do país avançar para a próxima fase do processo de desconfinamento foi anunciada pelo primeiro-ministro, António Costa, após o Conselho de Ministros de quinta-feira que analisou a evolução da pandemia da covid-19 nas últimas duas semanas.
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