A integração no Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) foi decisiva para a recuperação das credenciais do Laboratório de Análises de Dopagem (LAD) de Lisboa, sublinhou hoje o Governo.

O LAD ficou sem credenciais em 25 de outubro de 2018, pouco mais de dois anos depois da suspensão, em 15 de abril de 2016, inicialmente por um período de seis meses, face à não conformidade com as normas internacionais, como a falta de independência do laboratório, os atrasos dos resultados dos relatórios e falhas na aplicação de métodos obrigatórios para deteção de substâncias.

Devido à suspensão, o laboratório ficou impedido de proceder à análise das amostras por parte de federações e organizações desportivas que tenham assinado o código mundial antidopagem.

No entanto, o comité executivo da AMA reconheceu que, “desde então, o laboratório seguiu todas as etapas exigidas pela Norma Internacional de Laboratórios para garantir a sua nova acreditação”.

Em comunicado, o gabinete do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, apontou como decisiva a integração do LAD no INSA, aprovada em Conselho de Ministros em 05 de maio último, deixando de estar na dependência do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ).

“Com esta integração num Instituto de reconhecido prestígio, Portugal consolidou os esforços empreendidos na luta contra a dopagem, reforçando a imagem do país enquanto Estado defensor da verdade desportiva e garantindo a conformidade do LAD com a norma internacional de laboratórios da AMA”, lê-se na referida nota de imprensa.

A desconformidade prendia-se com a necessidade de se garantir a independência das organizações antidopagem relativamente ao setor do desporto.

“Agora, com a acreditação do LAD, é dada visibilidade ao controlo de dopagem efetuado no nosso país e ao reforço da luta contra a dopagem, permitindo ainda uma poupança ao Estado, que deixará de depender de análises encomendadas a laboratórios europeus e possibilitando arrecadar receitas de análises de dopagem solicitadas por outros países”, conclui a tutela.

Durante a suspensão, a Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) recorreu, sobretudo, aos laboratórios de Barcelona, em Espanha, e Gent, na Bélgica, para a análise das amostras recolhidas em Portugal.

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