O Vitória de Guimarães surgiu em Coimbra apostado em defender o golo que trazia de vantagem da primeira-mão e a verdade é que a estratégia surtiu efeito ao conseguir um empate a zero golos.
O Estádio de Coimbra recebeu mais de 20 mil e duzentas pessoas, a melhor assistência da época, para empurrar a formação da casa para a final da Taça de Portugal.
O treinador Ulisses Morais deverá ter também motivado os seus jogadores para regressarem a um palco onde já tinham sido felizes no passado, o Estádio do Jamor pois estes corresponderam ao longo de quase todo o jogo dominando o encontro e remetendo o seu adversário para a área contrária.
Mas isso não chegou, uma vez que o V. Guimarães tinha a lição bem estudada e a sua defesa mostrou-se muito sólida, com Freire e João Paulo, na zona central, a mostrarem muita concentração ao longo de todo o jogo , ao estarem imperiais.
Sougou, o “atleta” de fundo dos “estudantes”, dinamizava o ataque e minava como podia a defesa vimaranense, porém os seus colegas não o acompanharam da melhor maneira em muitas das iniciativas. Havia muito coração na equipa dos estudantes, mas pouco discernimento na hora de atirar à baliza. Essa foi, aliás, a principal pecha da equipa de Ulisses Morais.
Do lado contrário, os vimaranenses mostraram muita capacidade de sofrimento e volta e meia alvejavam a baliza de Peiser em contra-ataques rápidos, na maior parte das vezes liderados por Targino, o homem mais avançado.
Ulisses Morais ainda tentou na segunda-parte dar o tudo por tudo com a entrada do avançado Carreño e Sissoko, mas nada se alterou no rumo da partida.
A Académica teve o "canto do cisne" quando Carreño já nos descontos desviou um cruzamento para baliza de Nilson, mas a bola saiu ligeiramente ao lado.
Desta forma, o Vitória de Guimarães de Manuel Machado segue para a final da Taça de Portugal, garantindo desde já um lugar na Liga Europa, e ficando à espera do resultado da outra meia-final entre FC Porto e Benfica.
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