A antevisão do jogo da Taça da Portugal, com o Estoril, ficou marcada, ainda, pelo empate diante do Boavista.
Sérgio Conceição não esconde o momento dos dragões, mas garante querer virar a página no reduto do Estoril, adversário com quem já perdeu duas vezes esta época.
Jogo com o Estoril, 'carrasco' dos dragões
"O FC Porto terá de fazer coisas diferentes do que fez nesses jogos, principalmente no da Taça da Liga. No campeonato, em casa, tivemos muitas situações para ganhar, mas o que conta são as bolas dentro da baliza e o que não se sofre. Mas temos de fazer mais do que fizemos nos últimos jogos com o Estoril".
O que tem faltado ao FC Porto e os perigos de um adversário que só perdeu com o SC Braga e com o Sporting?
"A atitude competitiva que temos de ter, tem de estar sempre presente porque caso contrário os adversários conseguem equilibrar os jogos. No jogo com o Boavista, muito agressivo, muito organizado defensivamente, num bloco mais baixo, ocupando o seu terço defensivo, o que não aconteceu nos outros jogos, com o Gil Vicente e com o V. Guimarães. As equipas mudam, os treinadores têm as suas estratégias e nós só temos de ser fiéis ao que somos.
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Se a atitude estiver lá, a boa agressividade no jogo, disputa constante pela bola, presente nos duelos ofensivos e defensivos, isso faz depois a diferença. Quem ganha mais duelos no jogo ganha os jogos. Essa é a base. Depois temos de ter uma outra situação no nosso jogo para tentar explorar algumas fragilidades do Estoril e ter atenção em algumas situações que nos criaram problemas. O Estoril tem um grupo de jogadores com qualidade, a verdade é que só perderam com o Sp. Braga e o Sporting desde outubro. Nós temos de pensar em tudo isso, nas tarefas que cada um tem de ter para sermos mais competentes".
A contestação dos adeptos no Bessa
"O apoio dos adeptos é fundamental e tem sido total ao longo da época e dos últimos anos. Sempre foi igual. Muito apaixonados pelo clube, a quererem vitórias em todos os jogos. Sabemos que é assim. Apoiaram-nos no último jogo e é isso que esperamos na Amoreira. Os jogadores de futebol têm de ouvir aplausos e assobios, alguns nomes que saem da bancada. É normal. Quando se ganha é tudo bonito, quando se perde nem tanto"
Possível penálti sobre Eustáquio frente ao Boavista
"Os lances dos jogos passados são vistos e revistos por toda a gente, não há que falar nisso, mas sim desejar à equipa de arbitragem que seja feliz no jogo de amanhã.
Mercado - entradas e saídas
Em relação às portas do Olival, estão toda a noite abertas, começamos a chegar às 7 horas, é o trabalho diário que fazemos aqui".
Boa entrada de Nico González no Bessa
"Faz parte do percurso. O processo de adaptação, evolução do jogador, sou eu e a equipa técnica que avaliamos diariamente. Ando aqui há muito tempo, não sou cego. O Ivan Jaime, por exemplo, não fez pré-época. Quando o metemos ao nível dos colegas magoou-se. Meter o Iván Jaime para depois de 20 minutos não poder jogar mais... As pessoas não sabem de alguns pormenores que se passam aqui. Quando eles estão prontos, a reagir bem, a treinar sem nenhuma limitação, quando percebem o que queremos deles, aí fica mais fácil metê-los na equipa. Uma coisa é ter contratações, outra são reforços. São reforços a seu tempo. Gostaria de ter Messi e Ronaldo no seu melhor, esses seriam reforços. Não é só no FC Porto, é em todas as equipas.
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Sei que o adepto tem muita pressa porque noutras equipas esses jogadores davam respostas positivas, mas aqui no FC Porto é diferente. Com todo o respeito pelo Famalicão, o Iván Jaime veio do Famalicão, o Nico do Barcelona, onde jogava pouco. Metê-los porque somos simpáticos ou um jovem porque vem da equipa B? Não é por aí. Olho para os melhores, para os treinos. Todos podem ter vontade de ganhar, mas não têm mais do que eu".
Momento da equipa
"Não vou falar das 17 vitórias seguidas na Taça, mas podia falar. Há coisas a melhorar, claro que sim. Por isso somos eternos insatisfeitos, podemos fazer mais e melhor. Se as oportunidades tivessem entrado, se tivéssemos ganho 3 ou 4-1 no Bessa, se calhar não tínhamos os 'palhaços joguem à bola' que tivemos no final do jogo. Faz parte. O futebol é isso. Queremos estar em primeiro, mas somos das 16 melhores equipas da Europa. Queríamos estar na final four, na liderança do campeonato, mas a verdade é que estamos a 5 pontos. Com isto não quero dizer que a exigência é menos amanhã".
Saídas importantes, como a de Otávio
"O FC Porto foi perdendo jogadores de grande qualidade e não foi por isso que deixou de se reinventar, sempre com o objetivo de ganhar. Se há crise de identidade sou eu que a tenho. A equipa está lá, tenta meter cá para fora o que pedimos. Estamos aqui para trabalhar (...) Falamos de dois jogadores importantes [com Marega] que estavam aqui há alguns anos comigo. Mas não podemos pegar por aí, temos ali gente que pode corresponder, não de igual modo, mas encontrar equilíbrio e estabilidade com aqueles jogadores que temos à disposição. Não podemos dizer que quando ganhamos as coisas estão bem e que quando empatamos, perdemos essa dinâmica".
Menor rendimento de Galeno:
"Não é culpa do Galeno, é do treinador. A culpa é sempre do timoneiro e eu assumo-a".
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