O SC Braga eliminou o Benfica da Taça de Portugal num jogo decidido no desempate por grandes penalidades (5-4), após uma igualdade a um golo no tempo regulamentar e no prolongamento. Os encarnados adiantaram-se por Gonçalo Guedes, aos 15 minutos, mas ficaram reduzidos a dez elementos aos 31', por expulsão de Alexander Bah, pouco antes de Al Musrati empatar a eliminatória.
Com a igualdade a subsistir até ao final do tempo regulamentar e, depois, do prolongamento, em que o Benfica viu Morato também ser expulso, o duelo acabou por ser decidido da marca do castigo máximo, com Aursnes a ser o único a falhar um pontapé.
Nas meias-finais, que serão disputadas a duas mãos, o SC Braga vai defrontar o Nacional, da II Liga, que afastou o Casa Pia no prolongamento. O outro jogo vai colocar frente a frente o FC Porto, detentor do troféu, e o Famalicão.
Veja o resumo
No reencontro com o Benfica, Pizzi estreou-se a titular nos minhotos, substituindo Banza, enquanto na Paulo Oliveira deu lugar a Niakaté na defesa – Ricardo Horta, já recuperado da lesão muscular que o afastou nas últimas semanas, começava no banco.
Já Roger Schmidt repetiu a fórmula do último jogo (vitória por 3-0 sobre o Casa Pia), procurando redimir-se da pesada derrota (a única até àquele momento) sofrida na Pedreira em dezembro, para o campeonato.
E não foi preciso esperar muito para sacudir o fantasma. Depois de um primeiro remate de Aursnes (5’), que Matheus encaixou sem dificuldade, o Benfica chegou ao golo num canto de laboratório de Schmidt: Neres combinou na esquerda com João Mário, cruzando depois para o segundo poste onde apareceu Guedes a cabecear.
Veja o golo de Gonçalo Guedes
Os encarnados iam gerindo a vantagem com bola, ainda que sem criar grande perigo, mas à passagem da meia-hora Bah foi expulso por falta bastante dura sobre Pizzi – Tiago Martins começou por mostrar o amarelo, mas mudou a cor após visionar as imagens – e o jogo inverteu-se por completo.
O SC Braga soube tirar partido da superioridade numérica e o empate surgiu aos 36’, também na sequência de um pontapé de canto. André Horta bateu na esquerda, Tormena desviou no coração da área e ao segundo poste Al Musrati encostou sem oposição para o fundo das redes.
Veja o golo de Al Musrati
Era o pior que podia acontecer ao Benfica, que jogava agora sem a principal referência ofensiva – Gonçalo Guedes foi o sacrificado para que Gilberto pudesse ocupar a lateral direita. Os encarnados só voltaram a criar perigo em cima do intervalo, num lance confuso que obrigou Matheus a aplicar-se, pelo que Schmidt lançou para a segunda parte Gonçalo Ramos e mais um central (Morato), a fim de conter a pressão dos arsenalistas. Artur Jorge respondeu com a entrada de Bruma para o lugar de Pizzi.
Sem surpresas, o SC Braga esteve sempre mais pressionante, mas o Benfica foi conseguindo afastar o perigo, com Vlachodimos a trancar a baliza perante as ameaças de Ricardo Horta (também ele de regresso após lesão) aos 73 e 77 minutos. Os encarnados tentaram responder no contragolpe, mas tirando um remate cruzado de Aursnes que rasou o poste da baliza de Matheus, hão houve praticamente nada a registar.
Já no último lance da compensação, Banza acertou no ferro após um desvio de calcanhar e o SC Braga podia ter arrumado de vez a questão, mas o jogo estava fadado ao prolongamento. Mais 30 minutos de jogo que se podem contar da seguinte forma: Rafa em campo no lugar de Gonçalo Ramos, SC Braga mais perigoso e Benfica reduzido a nove após expulsão de Morato. O marcador, esse, não mexeu.
A decisão seguiu, pois, para os pontapés de grande penalidade, com Aursnes a ser o único a falhar um pontapé. Após muito suspense, acabou por ser o SC Braga a seguir em frente na Taça.
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