O SC Braga conquistou a terceira Taça de Portugal da sua história ao superiorizar-se a um Benfica que fecha a época sem qualquer troféu, depois da grande expectativa gerada com o regresso de Jorge Jesus e de um investimento superior a 100 milhões de euros. A expulsão de Helton Leite, logo aos 17 minutos, condicionou por completo a estratégia dos encarnados, os minhotos carregaram a partir daí e acabaram por marcar dois golos.
Minuto 17: Helton Leite sai da baliza e derruba Abel Ruiz fora da área. Nuno Almeida não teve dúvidas e mostrou o cartão vermelho ao guarda-redes brasileiro, deixando o Benfica reduzido a dez unidades - Jorge Jesus foi obrigado a tirar Pizzi para colocar Vlachodimos na baliza.
Em inferioridade numérica, o Benfica tentava sair a jogar apoiado, mas o SC Braga, sem surpresas, tomou conta do jogo. Aos 33' André Castro rematou ao lado da baliza, depois de uma primeira ameaça de Galeno contra um defesa encarnado. A equipa minhota continuou a pressionar e aos 41' Ricardo Horta preparava-se para encostar para golo a oferta de Abel Ruiz, bem desmarcado por Al Musrati, mas Otamendi surgiu a fazer um grande corte.
Foi já perto do intervalo que o Benfica teve as suas melhores ocasiões, primeiro num remate de Seferovic, que, desviado, saiu perto do poste esquerdo e depois com Weigl a surgir isolado na área, por Diogo Gonçalves, e a rematar para grande defesa de Matheus.
Este não era definitivamente o dia da equipa de Jorge Jesus, que acabou por sofrer o 1-0 já no tempo de descontos: após uma bola em profundidade para Abel Ruiz, Vertonghen fez o corte e a bola sobrou para Lucas Piazón, que viu Vlachodimos adiantado e fez um chapéu ao guardião grego.
Na segunda parte, o SC Braga quis aproveitar a vantagem numérica para chegar cedo ao segundo golo. Castro e Piazón obrigaram Vlachodimos a aplicar-se, Abel Ruiz fugiu a Vertonghen e atirou ao lado, e Galeno, desmarcado sobre a esquerda, rematou por cima da barra.
Na esperança de agitar o ataque, Jorge Jesus lançou em jogo Rafa, Darwin e Nuno Tavares, substituições que deram mais ânimo às águias e resultaram em dois lances de perigo: Darwin e Rafa poderiam ter empatado o jogo, respetivamente aos 67 minutos, após livre de Taarabt, e aos 68', na sequência de uma jogada muito confusa na área bracarense.
Na reta final, o Benfica lançou-se ainda mais na frente, com Chiquinho no lugar de Morato, e o SC Braga aproveitou para aplicar o golpe final por Ricardo Horta. Os ânimos exaltaram-se no fim, com Taarabt e Piázon a serem expulsos e com o marroquino do Benfica a envolver-se em cenas muito feias com Eduardo, treinador de guarda-redes dos minhotos. Mas logo a seguir começou a festa dos bracarenses.
O momento
Expulsão de Helton Leite: O lance que definiu o desfecho desta final. Helton Leite saiu da baliza e derrubou Abel Ruiz fora da área. Nuno Almeida não teve dúvidas e mostrou o cartão vermelho ao guarda-redes brasileiro, deixando o Benfica reduzido a dez unidades. E o SC Braga agradeceu.
O melhor
Piazón: Assinou o 1-0 num chapéu de belo efeito, aproveitando o adiantamento de Vlachodimos, e foi peça fulcral na manobra ofensiva do SC Braga.
O pior
Cenas lamentáveis no fim: Adel Taarabt, de cabeça quente, atingiu Lucas Piazón na cara, e o treinador de guarda-redes do SC Braga, Eduardo, meteu-se na confusão, que acabou com os três intervenientes expulsos.
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