O Sacavenense vai entrar em campo diante do Sporting para “tentar ganhar”, usando as armas que tem na terceira eliminatória da Taça de Portugal, numa segunda-feira à noite em que muitos futebolistas trabalham antes ou após o jogo.

O treinador Rui Gomes acredita que o dia e a hora da partida aumentam as dificuldades que o Sacavenense tem de superar, com atletas a trabalharem durante o dia e outros a realizarem horários noturnos após o final do encontro, que tem início às 21:15 de segunda-feira, no Estádio Nacional, em Oeiras.

“Marcar um jogo destes para uma segunda-feira à noite, onde está presente uma equipa amadora, é um bocado difícil para nós. Julgo que as pessoas competentes devem ter alguma consideração em relação a isto. Vamos ter jogadores que, possivelmente, vão ter de sair do jogo, não podem fazer os 90 ou os 120 minutos, porque vão trabalhar. Não faz sentido absolutamente nenhum”, lamentou o técnico, em declarações à agência Lusa.

Rui Gomes, de 37 anos, comanda a equipa sénior do Sacavenense desde a temporada transata, que iniciou nos juniores, até ser chamado a substituir Rui Sousa na formação principal, com o clube dos arredores de Lisboa atualmente na quinta posição da série F do Campeonato de Portugal.

“Não vamos entrar no jogo para prestar vassalagem a ninguém, nem dá-lo como perdido. Vamos tentar ganhar, vamos tentar usar as nossas armas e tentar passar à quarta eliminatória, que é o objetivo desportivo do clube”, afirmou.

Analisando o Sporting como uma equipa que “apresenta um futebol muito ofensivo” e que gosta “de jogar [com a bola] no chão”, com "um leque de soluções elevado", para "procurar a profundidade", Rui Gomes frisou a necessidade de o Sacavenense ser competitivo na organização ofensiva e defensiva e aproveitar lances de bola parada e transições.

“Tem de ser um jogo quase perfeito da nossa parte, esperar que o Sporting não esteja num dia assim tão bom e, à medida que o jogo vá decorrendo, ter alguma superioridade nas ações do jogo”, expressou.

Querer demonstrar a qualidade do grupo de trabalho e do escalão onde atuam é o mote lançado pelo médio Carlos Saavedra, um dos ‘capitães’ do Sacavenense, que destacou a naturalidade com que o clube está a encarar o duelo perante “a melhor equipa em Portugal até esta altura, com uma maneira de jogar difícil de contrariar”.

“Acho que temos uma boa equipa, com muitos jovens e também alguns jogadores com mais idade. Vamos tentar demonstrar na segunda-feira que existe muita qualidade aqui e na nossa divisão e tentar fazer uma ‘gracinha’”, afiançou à Lusa o veterano jogador, de 39 anos.

O avançado Luís Gaspar, que vê semelhanças no seu estilo de jogo com o argentino Luciano Vietto, que abandonou recentemente o Sporting, considera que o facto de os ‘leões’ serem líderes da I Liga “é apresentação que baste” e afirma que, “se já é especial jogar, então fazer um golo iria ser muito bom”.

“Sabemos a missão que nos cabe, que não tem nada de fácil, mas cabe-nos trabalhar e dar tudo para que, se calhar, apanhemos um dia em que as coisas possam acontecer e vamos fazer por isso”, sublinhou o dianteiro, de 25 anos.

Desafiado a nomear um jogador sportinguista que gostaria que não alinhasse no encontro da ‘prova rainha’, a escolha recaiu no médio Pedro Gonçalves: “Está numa forma tremenda e é um jogador de muita classe, que, nos próximos anos, acho que vai dar muito tanto ao Sporting como aos clubes que representar, como também, possivelmente, à seleção”, defendeu.

O Sacavenense recebe o Sporting na segunda-feira, às 21:15, em ‘casa emprestada’, no Estádio Nacional, em Oeiras, num jogo que será disputado à porta fechada devido à pandemia de covid-19 e que terá arbitragem de Hélder Malheiro, da associação de Lisboa.

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