O presidente da SAD do Lusitano de Évora, Nuno Madeira Rodrigues, lamentou na sexta-feira que a receção ao FC Porto, para a Taça de Portugal de futebol, não tenha sido no Alentejo, mas assinalou a festa dos eborenses.
"O que nos interessava era a festa. Não pudemos fazê-la em casa, fizemo-la aqui. Percebeu-se que este jogo não era de alto risco, as claques respeitaram-se mutuamente, não houve o mínimo incidente e lamentamos não ter podido jogar em Évora. Foi uma festa para os alentejanos", afirmou, após o desaire por 6-0.
O encontro da terceira eliminatória foi disputado no Estádio do Restelo, em Lisboa, e o dirigente admitiu o "sabor amargo" por o Lusitano não ter conseguido reunir condições para receber os portistas no Alentejo.
"Era possível ter reparado as questões que tínhamos, mas um plano de segurança demora um mês a fazer e nós só tínhamos quatro dias. Fosse no estádio do Lusitano, do Juventude ou em Montemor, havia sempre o mesmo problema. Depois, ao sairmos do distrito de Évora, o outro clube tem de estar de acordo e, tendo em conta que o FC Porto tem um jogo da Liga dos Campeões, não estava minimamente interessado em fazer mais 150 quilómetros para ir até Campo Maior. Fica um amargo de boca. Évora merecia ter lá o FC Porto", explicou.
Apesar da pesada derrota sofrida pela formação dos campeonatos distritais de Évora, Nuno Madeira Rodrigues mostrou-se confiante num futuro positivo para o Lusitano.
"Sabíamos que ia ser muito difícil, tendo em conta a diferença e andamento das duas equipas. Mais sete, oito ou nove anos e o FC Porto vai lá, mas para disputar um jogo da I Liga. Temos equipa para começar a subir por aí fora. Pode ser que um dia consigamos bater o pé a sério ao FC Porto, de preferência em Évora", sublinhou.
O FC Porto apurou-se sexta-feira para a quarta eliminatória da Taça de Portugal, ao vencer o Lusitano de Évora por 6-0, com golos de Aboubakar (dois), Marcano, Otávio, Galeno e Hernâni.
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