Em comunicado difundido no seu sítio oficial, e em resposta a um outro emitido pelo FC Porto, a FPF lamenta ainda "algumas posições públicas sobre esta matéria, nomeadamente as do treinador Jesualdo Ferreira".
O FC Porto acusou a FPF de incoerência e de ter dois pesos e duas medidas ao aceitar marcar o jogo da Taça de Portugal com a Oliveirense para um campo sem condições dias depois de criticar o relvado do recente Bósnia-Portugal.
"É uma incoerência que a entidade [FPF] que permitiu que este jogo fosse marcado para o Estádio Carlos Osório, tenha reclamado veementemente acerca das condições do palco bósnio onde Portugal actuou na quarta-feira.
O FC Porto questiona ainda a legitimidade da FPF de apenas "defender os jogos das suas selecções e descurar os dos clubes que lhes fornecem atletas" e de não se ter deslocado ao local para avaliar as condições.
"Aguarda-se que a FPF não "lave as mãos como Pilatos", limitando-se a marcar uma data qualquer, quando o essencial é que o local para a realização do Oliveirense-FC Porto assegure todos os requisitos para um bom espectáculo, de modo a que, por exemplo, se reduza o risco de lesões nos intervenientes, entre eles alguns que podem marcar presença no próximo Mundial", referem os "dragões".
A FPF refere que nunca exigiu que o Bósnia-Portugal fosse disputado noutro estádio. Lamentou as fracas condições da infra-estrutura e do relvado, mas sempre disse que se todas as outras selecções lá jogaram o apuramento para o Campeonato do Mundo, não restava outra alternativa senão cumprir os regulamentos da FIFA.
"A diferença entre essa situação e esta é que o estádio onde se realizou o Bósnia-Portugal não estava licenciado pela UEFA, ao passo que o estádio da Oliveirense está licenciado para receber jogos de uma competição profissional e nunca foi levantada qualquer objecção por parte dos clubes que ali se deslocam", defende.
A FPF considera ter "legitimidade para respeitar e fazer respeitar os seus regulamentos relativos à marcação de jogos" e lamenta "que se misturem e confundam jogos de apuramento da Selecção Nacional para o Campeonato do Mundo com questões e divergências internas às quais é manifestamente alheia".
"Todas as condições de segurança para o jogo foram garantidas pelas forças de ordem e pela FPF", refere o comunicado, acrescentando que ainda na sexta-feira esteve um seu representante no local para aferir do estado do terreno e das condições de segurança.
Apesar dos esforços feitos para que o relvado estivesse nas melhores condições possíveis, o estado do tempo seria sempre decisivo pelo que a palavra final teria sempre de caber ao árbitro, como aconteceu hoje, com Bruno Paixão a determinar o adiamento do encontro.
"A FPF em nenhuma circunstância deixará de cumprir os seus regulamentos. Se estes estão desactualizados, o FC Porto bem como qualquer outro clube pode e deve sensibilizar os sócios da FPF aos quais estão ligados para que os mudem em Assembleia Geral", refere.
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