Dois golaços de Galeno e Iván Jaime e a estreia abençoada de Tiago Djaló e logo com golo confirmaram o favoritismo do FC Porto diante do Sintrense, na 3.ª ronda da Taça de Portugal. Os dragões fizeram hoje uma exibição segura perante o emblema do quarto escalão do futebol nacional, num jogo onde perderam Wendell, por lesão.
Esta foi a 22.ª vitória seguida do FC Porto na prova rainha do nosso futebol, num ano em que procura a inédita quarta Taça de Portugal consecutiva.
Na próxima 5.ª feira, o FC Porto recebe o Hoffenheim, num jogo onde vai tentar o primeiro triunfo na Liga Europa, depois do empate com o Manchester United e a derrota com o Bodo/Glimt.
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Mais de seis mil portistas (estavam 6464 adeptos no estádio) esgotaram o José Gomes, na Reboleira, casa emprestada do Sintrense, para ver a estreia do detentor da Taça. Parecia que os Dragões jogavam em casa. Na memória dos portistas de Lisboa e arredores estava os 5-0 dos azuis e brancos a esta mesma equipa nesta prova, em 2021, num jogo realizado no no Estádio do Real Sport Clube. Dessa equipa azul e branca, só restam Pepê, Wendell e Iván Marcano no atual plantel portista
As oito alterações feitas por Vítor Bruno no onze portista podem ter mexido com os automatismos da equipa, mas nem por isso o FC Porto deixou de dominar. Além da estreia absoluta do central Tiago Djaló, Cláudio Ramos, Martim Fernandes, Fábio Vieira, Wendell, Iván Jaime, Gonçalo Borges e Fran Navarro foram titulares, numa equipa que só manteve Nehuén Perez, Galeno e Alan Varela em relação ao jogo com o SC Braga.
Galeno cortou-lhes o pio com uma tesoura
A entrada morna dos azuis e brancos foi dando esperanças à equipa da Serra de Sintra, orientada pelo jovem Pedro Oliveira, de apenas 28 anos. O líder da Série D do Campeonato de Portugal (com os mesmos 14 pontos do Louletano e Lusitano de Évora) entrou atrevido, a tentar jogar como gosta, perante um FC Porto previsível, lento nos movimentos e com pouco entrosamento.
Só a partir dos 15 minutos se começou a ver o FC Porto. Já depois de Wendel ter saído lesionado, em lágrimas, e de Fran Navarro ter visto um golo anulado por fora de jogo, os dragões marcaram na primeira verdadeira aproximação ao golo. Gonçalo Borges muniu-se de régua e esquadro na direita para desenhar um cruzamento milimétrico, Galeno achou que devia dar o melhor seguimento à jogada e meteu-lhe alguma acrobacia. Remate de primeira, em tesoura, para o fundo das redes, aos 25 minutos.
Um pedido de penálti de Fábio Vieira em queda na área uma grande defesa de Pedro Dias a negar o golo a Iván Jaime completava o resumo do jogo ofensivo dos azuis e brancos no primeiro tempo. Mérito para o Sintrense, pela forma como foi anulando as investidas portistas, sem nunca deixar de tentar sair, principalmente com ligações ao avançado Edney Ribeiro.
Tudo resolvido em quatro minutos
O segundo tempo arranca praticamente com o 2-0, obra-prima de Iván Jaime, aos 54. O espanhol recebeu à entrada da área, descaído para a direita, tirou um jogador do caminho e rematou forte e colocado. Rodrigo Dias nem se mexeu.
Era a machadada final nas aspirações dos homens de Sintra, já com mais dificuldades em sair, perante um FC Porto em crescendo. Quando Tiago Djaló saltou mais alto que todos e desviou um canto de Alan Varela para o 3-0, aos 58 minutos, o destino do jogo estava traçado. O central sub-21 português a marcar na sua estreia com a camisola do FC Porto.
O 4-0, num remate de Fran Navarro, só não aconteceu porque Rodrigo Dias agigantou-se e defendeu com os pés.
Com a batalha praticamente resolvida, Vítor Bruno lançou Rodrigo Mora, Nico González e André Franco nos postos de Fábio Vieira (saiu com muitas queixas físicas), Galeno e Alan Varela.
As alterações quebraram o ritmo aos azuis e brancos e permitiu um ligeiro crescimento do Sintrense, com algumas aproximações à área de Cláudio Ramos. Destaque para um remate de João Hilário, desviado por Nico Gonzáelez, que quase dava golo.
O domínio portista foi retomado, já numa toada mais pausada, sem muitos esforços, também já a pensar no duelo caseiro com o Hoffenheim, da próxima 5.ª feira, para a Liga Europa. Ainda assim, Martim Fernandes criou dois lances de perigo: centro tenso que ninguém desviou e um cabeceamento ligeiramente ao lado.
Quem continuava desligado do golo era Fran Navarro. O espanhol fez os 90 minutos, mas a sorte não estava com ele: viu o calcanhar do guardião Rodrigo Dias negar-lhe o golo num centro de Martin Fernandes, aos 80 minutos, depois de ter atirado para fora, aos 74, um cruzamento de Francisco Moura.
O FC Porto segue em frente na Taça de Portugal, com um 3-0, num jogo em que dominou do início ao fim. A equipa azul e branca somou a 22.ª vitória seguida na prova rainha do nosso futebol, num ano em que procura a inédita quarta Taça de Portugal consecutiva.
Na próxima 5.ª feira a equipa azul e branca vai tentar a primeira vitória na Liga Europa, na 3.ª jornada, diante do Hoffenheim.
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