O FC Porto somou a 22.ª vitória seguida na Taça de Portugal, ao derrotar ao final da tarde de domingo o Sintrense por 3-0, na 3.ª ronda, no jogo que marcou a estreia das equipas da Primeira Liga na prova rainha do futebol nacional.
Os azuis e brancos, detentores do troféu, dominaram as operações, sem permitir nada à equipa da Serra de Sintra, aumentando assim o seu recorde de jogos sem perder na Taça de Portugal.
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Recorde de invencibilidade agora é de 22 jogos na Taça
03 de março de 2021. A data pode dizer pouco a muitos portistas, mas foi nessa noite que os dragões averbaram a última derrota na Taça de Portugal. Precisamente em casa diante do SC Braga por 3-2, depois de um 1-1 na Pedreira, na 1.ª mão das meias-finais da prova.
De lá para cá, os dragões venceram todos os 22 jogos disputados, aumentando assim o recorde de invencibilidade na prova. É do Benfica a segunda sequência de invencibilidade, com 16 jogos, entre 1979 e 1982, cabendo novamente ao FC Porto o terceiro melhor registo (13 jogos), alcançado entre 1976-1978, tal como o Sporting que esteve 13 jogos sem perder na prova, entre 2006 e 2008, de acordo com dados do 'playmaker_PT' do 'zerozero'.
Dos jogadores que estavam na última derrota portista na prova rainha do futebol português, só restam Diogo Costa, Zaidu, Grujic e Marcano no atual plantel portista.
Se quase quatro anos sem perder na prova já é de si, um feito fantástico, que dizer então da invencibilidade na Taça em jogos fora de casa? Desde 18 de abril de 2018 que os portistas não sabem o que é perder na segunda competição mais importante de Portugal. Nesse dia em Alvalade, um golo de Coates aos 85 minutos empatou as meias-finais, que seriam ganhas pelo Sporting na grandes penalidades (5-4), depois de os dragões terem ganho em casa também por 1-0.
O 22.º triunfo na Taça de Portugal foi selado na tarde de domingo, com uns 3-0 ao Sintrense, emblema líder da Série D do Campeonato de Portugal. E quis o destino que fosse um senhor papa-Taças cortar o caminho para a 22.ª vitória com uma tesoura. A acrobacia de Galeno, logo aos 25 minutos, dava por terminada a resistência dos homens da Serra de Sintra, embora o FC Porto nem estivesse a fazer assim tanto.
Galeno, diga-se, soma quatro Taças de Portugal seguidas, ele que estava nessa equipa do Braga que aplicou a última derrota ao FC Porto na prova, antes de os minhotos vencerem no Jamor o Benfica por 2-0. Se vencer a Taça esta época, conseguirá chegar às cinco taças seguidas, algo inédito em Portugal.
Os outros dois golos que materializaram a superioridade portista foram apontados por Iván Jaime aos 54, num grande remate colocado, e Tiago Djaló aos 58, de cabeça. O internacional sub-21 estreou-se no FC Porto e logo com golo, tal como Cláudio Ramos, elevando para 29 o número de jogadores utilizados esta época pelo técnico Vítor Bruno.
Apesar das derrotas contra o Sporting na I Liga e Bodo/Glimt na Liga Europa e o empate caseiro com o Manchester United, o trabalho de Vítor Bruno à frente do FC Porto é positivo. De recordar que começou a época a vencer a Supertaça diante do Sporting.
A equipa está em crescimento face à mudança técnica no final da época passada, há muitos jogadores novos, novos métodos, mas os números até são bons: 30 golos marcados em 12 jogos, quando na época passada, por exemplo, só tinha 16; o FC Porto marcou dois ou mais golos em 11 dos 12 jogos realizados (só não marcou ao Sporting em Alvalade na derrota por 0-2), e já fez três golos ou mais em metade dos jogos disputados.
Depois do Sintrense, o nível terá de subir porque na 5.ª feira há duelo com o Hoffenheim em casa, na 3.ª jornada da Liga Europa. Os dragões ainda procuram a primeira vitória na prova.
Momento-chave: Iván Jaime nem lhes deixou sonhar
O Sintrense até tinha tentado algumas aproximações à área portista a terminar o primeiro tempo, pelo que era necessário dar uma resposta a esse atrevimento logo a abrir a segunda parte. Iván Jaime, de regresso à titularidade, recebeu de fora da área, tirou um adversário do caminho e colocou a bola no cantinho, rente ao poste. O guardião contrário nem se mexeu. A equipa da Serra de Sintra sentiu nesse momento que o Golias haveria de se manter de pé.
Os Melhores: os homens dos golos e a festa nas bancadas
Galeno, Iván Jaime e Tiago Djaló não foram os melhores apenas pelos golos marcados. O extremo brasileiro fez um golaço de tesoura, num jogo onde estava a ser, a par de Iván Jaime, dos mais mexidos no ataque portista, procurando sempre a baliza contrária. Tiago Djaló destacou-se a nível defensivo, impondo o físico e a sua velocidade, num jogo onde poderá ter ganho a corrida ao lugar a Otávio e Zé Pedro para a dupla com Nehuén Pérez.
Destaque também para o fantástico ambiente na Reboleira lotado, com mais de seis mil pessoas a assistirem o jogo, na sua esmagadoria maioria portistas. Ambiente são nas bancadas, com adeptos das duas equipas misturados e em clima de festa.
Em noite 'não': Navarro alérgico ao golo
Fran Navarro tentou de todas as formas. Fez os 90 minutos, teve algumas bolas de golo, mas não conseguiu acertar nenhuma. A que acertou no fundo das redes, foi anulado por fora de jogo. Nota-se alguma pressão no avançado espanhol e ansiedade para mostrar serviço. Teve três golos nos pés, mas atirou um para fora e os outros dois foram parados pelo guarda-redes Rodrigo Dias.
Reações
Vítor Bruno: "A equipa foi muito séria. A vitória é incontestável"
Treinador e jogadores do Sintrense orgulhosos com a exibição
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