O Sporting isolou-se hoje no segundo lugar do ‘ranking’ da Taça da Liga em futebol, ao conquistar um terceiro troféu e deixar para trás o Sporting de Braga, a equipa que bateu na final da 14.ª edição.
Em Leiria, num terreno ‘massacrado’ pelo mau tempo, um golo do espanhol Pedro Porro, aos 41 minutos, selou o triunfo dos ‘leões’, que, na quinta final, repetiram os sucessos de 2017/18 e 2018/19, somando o terceiro troféu em quatro anos.
Após os desaires nas duas primeiras edições, sempre nos penáltis, face a Vitória de Setúbal e Benfica, os ‘verde e brancos’ ganharam da mesma forma, perante sadinos e FC Porto, no que foram as únicas quatro finais decididas na ‘lotaria’.
Desta vez, o Sporting dispensou os penáltis e Rúben Amorim fez história, tornando-se o mais vitorioso entre todos os participantes na competição, com oito títulos: seis como jogador, cinco pelo Benfica e um pelo Sporting de Braga, e dois como técnico, dos ‘arsenalistas’ e agora dos ‘leões’.
Em termos coletivos, e apesar da recuperação dos ‘leões’, o Benfica continua a ser o ‘rei’ incontestado da história da competição, ao somar precisamente 50% dos troféus, sendo que o sétimo tem já cinco anos.
Os ‘encarnados’ ganharam as sete finais disputadas, a primeira sob o comando do espanhol Quique Flores, em 2008/09, a última com Rui Vitória, em 2015/16, e, pelo meio, cinco com Jesus, em 2009/10, 2010/11, 2011/12, 2013/14 e 2014/15.
O conjunto da Luz tem agora mais quatro troféus do que o Sporting, que antes do triunfo de hoje, no ‘bis’ de Rúben Amorim, já tinha vencido a prova sob o comando do holandês Marcel Keizer, em 2017/18, e Jorge Jesus, em 2018/19.
Após o desaire de Leiria, o Sporting de Braga ‘tombou’ para o terceiro lugar da hierarquia, com dois ‘canecos’, arrebatados em duas finais com o FC Porto, com José Peseiro, em 2011/12, e com Rúben Amorim, em 2018/19.
Num palmarés em que o FC Porto continua a primar pela ausência, arrebataram ainda a Taça da Liga o Vitória de Setúbal, de Carlos Carvalhal, na primeira edição (2007/08), e o Moreirense, de Augusto Inácio (2016/17).
A supremacia do clube da Luz, que nunca perdeu na fase de grupos, traduz-se em 39 vitórias, 15 empates e apenas quatro derrotas, com Vitória de Setúbal, em 2007/2008, Moreirense, em 2016/17, FC Porto, em 2018/19, e Sporting de Braga, na meia-final de 2020/21, num total de 58 jogos.
Antes de iniciado o domínio das ‘águias’, foi o Vitória de Setúbal a ganhar a primeira edição, ao afastar Gondomar (3-0 fora), Sporting de Braga (2-0 em casa) e Benfica (1-0 fora e 2-1 em casa), vencer a fase de grupo, perante Sporting, Penafiel e Beira-Mar, e superar os ‘leões’ na final.
Os sadinos, que já haviam batido o Sporting por 1-0 na fase de grupo, impuseram-se na ‘lotaria’ das grandes penalidades (3-2), com o guarda-redes Eduardo como ‘herói’.
O Benfica venceu pela primeira vez em 2008/09, impondo-se nos penáltis (3-2) ao Sporting. Pereirinha adiantou os ‘leões’ (48 minutos), mas um penálti, inexistente, de Reyes (76) atirou a decisão para a ‘lotaria’, na qual Quim foi protagonista, ao ‘parar’ Rochemback, Derlei e Hélder Postiga.
Na época seguinte, já com Jorge Jesus, a vitória foi categórica, pois incluiu um 4-1 em Alvalade, face ao Sporting, nas meias-finais, e um 3-0 frente ao FC Porto, na final, com tentos de Rúben Amorim, Carlos Martins e Cardozo.
Em 2010/11, o terceiro ‘caneco’ também passou por um triunfo nas ‘meias’ face ao Sporting, desta vez na Luz, e com um golo a acabar de Javi Garcia (2-1). Na final, a primeira em Coimbra, novo triunfo por 2-1, face ao Paços de Ferreira.
O quarto triunfo consecutivo também teve como ponto alto a meia-final, com o Benfica a receber e bater o FC Porto por 3-2, depois de estar a perder por 2-1, num embate decidido pelo suplente Cardozo, aos 77 minutos. Na final, Saviola apontou o 2-1 final face ao Gil Vicente, aos 84.
Em 2012/13, prevaleceu o Sporting de Braga, que, depois de afastar o Benfica nas meias-finais, nos penáltis (3-2), com Quim como ‘herói’, bateu na final o FC Porto por 1-0, em Coimbra, graças a uma grande penalidade do brasileiro Alan.
Na época seguinte, o conjunto da Luz voltou a ganhar, ao eliminar nas meias-finais o FC Porto em pleno Dragão, na ‘lotaria’ dos penáltis (4-3), depois de mais de uma hora com 10, para depois bater em Leiria o Rio Ave por 2-0, com tentos de Rodrigo e Luisão, que esteve nos sete títulos ‘encarnados’.
Em 2014/15, a formação da Luz chegou sem dificuldades à sexta final, com quatro triunfos e 10-0 em golos, para, em Coimbra, superar o Marítimo por 2-1, num embate resolvido, aos 80 minutos, pelo holandês Ola John.
Um ano volvido, com Rui Vitória ao ‘leme’, o Benfica também cumpriu um percurso 100% vitorioso, que incluiu um 6-1 no reduto do Moreirense e que foi rematado, em Coimbra, com nova goleada, agora sobre o Marítimo, batido por 6-2.
Em 2016/17, primeira com ‘final four’, o Moreirense foi a grande sensação, ao ‘arrumar’ o FC Porto na fase de grupos, bater o Benfica por 3-1 nas meias-finais e superar na final o Sporting de Braga por 1-0, graças a um penálti de Cauê.
O Sporting prevaleceu nas duas épocas seguintes, em Braga, apesar de não ter vencido qualquer jogo nas duas presenças na ‘final four’: em 2017/18, superou FC Porto e Vitória de Setúbal e em 2018/19, bateu Sporting de Braga e novamente os portistas, sempre no desempate por grandes penalidades.
Os ‘arsenalistas’ aproveitaram, finalmente, o fator casa em 2019/20, impondo-se por 1-0 na final, ao FC Porto, graças a um tento de Ricardo Horta, aos 90+5 minutos, depois de superarem o Sporting nas ‘meias’, por 2-1, num jogo decidido por Paulinho, aos 90.
Na presente época, à porta fechada e só com oito participantes, culpa da pandemia da covid-19, o Sporting chegou ao terceiro cetro ao superar o Mafra (2-0 em casa) e, na ‘final four’ de Leiria, o FC Porto (2-1 nas meias-finais) e o Sporting de Braga (1-0 na final).
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