A Final Four da Taça da Liga começa já esta terça-feira, com um Sporting-FC Porto, seguindo-se o SC Braga-Benfica (quarta). A final está agendada para sábado (dia 23).
Pela primeira vez, a final four da prova vai decorrer sem público nas bancadas devido à pandemia provocada pela COVID-19. Doença essa que está também a afetar as equipas protagonistas em Leiria, palco da fase final da competição.
Tabata, jogador do Sporting, é o mais recente infetado pela COVID-19. O avançado é o quarto elemento leonino a testar positivo. Nuno Mendes, Neto e Sporar são os outros nomes com os quais Rúben Amorim não poderá contar em Leiria.
Também o FC Porto conta já com quatro ausências devido à COVID-19: Evanilson, Luís Diaz, Sérgio Oliveira e Otávio estão de fora da meia-final desta terça-feira. Por sua vez, Wilson Manafá já recuperou da doença.
“É um problema não só do futebol, é um problema geral. Em Portugal estamos a sofrer e a facilitar um pouco. Os jogadores são profissionais, mas pelo país em si as estatísticas não são nada boas. Temos de ter essa consciência. Não devemos olhar para este problema e minorizá-lo. Todos os cuidados são poucos para nos protegermos e os outros. Estamos a facilitar alguma coisa nesse sentido. Temos mais três jogadores infetados e ficarão de fora do jogo. Gostaria de ter todos, mas vamos com o que estão. Dentro do que é o nosso dia a dia estamos tranquilos relativamente à COVID-19. Aos jogadores passamos uma mensagem de grande responsabilização nas suas vivências fora do seu espaço profissional. Mesmo com todos os cuidados, os jogadores acabam por se infetar”, disse, esta segunda-feira, o treinador do FC Porto durante a conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Sporting.
Já no Benfica, teme-se que o clássico no Dragão tenha deixado mais mazelas do que o desejado no plantel. E falamos apenas da doença provocada pelo novo coronavírus. É que na Luz já houve 11 casos de jogadores infetados: Svilar, Darwin, Weigl, Taarabt, Pizzi, Gabriel, Cervi, João Ferreira, Jardel, Gonçalo Ramos e Seferovic. Os mais avançados na recuperação, Gabriel e Cervi, acabaram por não ir ao Dragão. Esta segunda-feira há nova ronda de exames e Jorge Jesus espera por boas notícias.
O Benfica tem receio de que o contato entre atletas no Dragão possa ter originado novos casos no plantel. No clássico, tanto Luis Díaz como Sérgio Oliveira estiveram em campo até bem perto do final. Já Evanilson passou pouco tempo no relvado mas, após o apito final, abraçou o compatriota Gilberto.
O SC Braga, atual detentor da Taça de Portugal, não tem casos ativos conhecidos, recordando que Tormena, Castro, Bruno Viana e David Carmo recuperam recentemente.
Na estreia em Leiria, o ‘cardápio’ é o melhor possível para consumo interno, mas faltará o público, logo a festa, e dificilmente alguma das quatro equipas virá completa, numa altura em que vírus não para de fazer baixas e deixar a sua marca.
Ainda assim, não poderia haver um programa mais ‘apetecível’, com os quatro primeiros do atual campeonato, do anterior, do anterior a esse e ainda de outro mais atrás, na luta pela 14.ª edição, que, culpa da covid-19, só teve oito participantes.
Sporting e FC Porto são o ‘pontapé de saída’ na terça-feira, às 19:45, reeditando a meia-final de 2017/18 e a final de 2018/19, e, na quarta-feira, no mesmo horário, Sporting de Braga e Benfica decidem o segundo finalista, como em 2012/13.
Estes três jogos que se ‘replicam’ agora foram todos decididos no desempate por grandes penalidades, depois de igualdades em 90 minutos - a Taça da Liga não contempla prolongamento -, em mais um dado que antecipa equilíbrio.
O Benfica é o ‘rei’ da prova, com sete títulos em 13 edições, mas já não vence desde 2015/16, enquanto o Sporting soma dois ‘canecos’, tal como o Sporting de Braga, ambos em finais com o FC Porto, que continua em ‘branco’ e também já perdeu jogos decisivos com ‘águias’ e ‘leões’.
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