Bruno Lage não vê vantagem para o Sporting mas alerta: "Devia haver pelo menos três dias de intervalo"

Declarações de Bruno Lage, treinador do Benfica, na antevisão do jogo com o Sporting, da final da Taça da Liga.

Expetativas para a final: "Chegámos NA final e queremos vencer. Preparámos bem o jogo, tática e emocionalmente, estamos prontos para fazer um bom jogo e vencer. Queremos alterar o número de Taças da Liga conquistas pelo Benfica".

Bruno Lage: Não existe. Se assim fosse, poderia ter essa resposta sobre o jogo contra o Sporting de Braga. Não acredito nesse tipo de vantagens, mas sim em termos a mentalidade certa para fazermos um bom jogo. Preparámo-nos muito bem para jogarmos bem, sermos fortes na pressão e, quando estivermos no nosso melhor, marcar os golos."

Benjamín Rollheiser com poucos minutos: "Também podia falar de Prestianni, Rego... há um conjunto de jogadores que não estão a ser solução, mas o que quero é que tenham a preparação indicada para todos, até para o campeonato. Têm de preparar-se bem, perceber a estratégia e, emocionalmente, estarem preparados para jogar numa equipa que quer vencer troféus e, muitas vezes, só tem dois dias de intervalo entre jogos."

Pouco descanso: "Após a final, temos um jogo, três dias depois. Terça-feira, teremos de estar a 'top' para bater o Farense e continuar na Taça de Portugal. Estamos cá para ser exigentes com todos, para estarem dispostos a jogar, num plantel com várias opções. Essa foi uma questão mais de opção."

Gestão de Renato Sanches: "Sentimos que temos o Renato mais próximo do ideal. Ele teve três, quatro, cinco jogos pronto até perceber que estava no ponto em que poderia ser útil à equipa. A seguir ao jogo, começa uma nova a vida para toda a gente. Têm de se mostrar disponíveis para corresponder às expetativas, minhas e do clube, que vêm da força dos adeptos, porque jogar no Benfica é isto mesmo."

Sporting com mais um dia para preparar a final: "Vou esclarecer, não disse que o nosso adversário tinha vantagem, o que disse é que sendo uma competição em que se fazem duas meias-finais, devia haver no mínimo três dias entre os dois jogos. Depois, há a gestão do nosso plantel."

Pouco tempo de jogo para muitos jogadores: "Vou falar disso pela última vez. Numa primeira fase queríamos reorganizar a equipa, criar a dinâmica e o futebol ofensivo que queríamos. Agora, têm de continuar a oferecer essa dinâmica que foram criando nestes quatro meses. Eles têm estado disponíveis para aprender, para fazer crescer a nossa forma de jogar. O que quero é que não se perca a atitude, a forma como pressionamos, independentemente de quem joga".

Exibição de Schjelderup e possível saída: "Sobre o Andreas, ficámos satisfeitos com o seu rendimento, teve oportunidade para fazer golo, correspondeu, bem como Leandro quando tem entrado... Há jogadores que vão tendo oportunidades e que têm de mostrar que têm rendimento. Não sei quem apontava a saída do jogador, não falamos sobre isso. Queremos que estejam concentrados no que têm de fazer enquanto atletas. No mercado de janeiro por vezes os jogadores desistem de lutar por uma posição, quer-se que tudo aconteça muito rápido.  Há uns anos tinham mais paciência. Se educarmos estes miúdos a sair quando não estão a jogar, no outro clube em janeiro vão querer o mesmo. Temos de os habituar ao que é jogar no Benfica".

O campeão nacional Sporting, segundo mais titulado, com quatro conquistas, enfrenta o Benfica, detentor de um recorde de sete êxitos, no sábado, às 19:45, na partida decisiva da 18.ª edição da Taça da Liga, no Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria.

Os rivais lisboetas reencontram-se 13 dias depois da vitória caseira do Sporting (1-0) na 16.ª jornada da I Liga, e penúltima da primeira volta, que devolveu os ‘leões’ ao topo, por troca com o Benfica, na estreia do técnico Rui Borges, oriundo ao Vitória de Guimarães.