O presidente do Sporting, Frederico Varandas, defendeu hoje que seria uma hipocrisia os ‘leões’ emitirem uma nota de pesar pela morte de Pinto Costa, referindo que o antigo líder do FC Porto “prejudicou seriamente” o futebol português.

“Se a instituição Sporting não se identifica com alguém que em vida prejudicou seriamente o clube, prejudicou seriamente a indústria do futebol e que não representa os nossos valores, seria uma hipocrisia da minha parte mudar o que eu penso desse senhor apenas por ele ter morrido”, afirmou, durante uma entrevista à Sporting TV.

Varandas confessou-se “surpreendido” pelas críticas à ausência de reação do Sporting à morte do ex-presidente portista e garantiu que vai “estar sempre do lado dos valores e princípios”.

“A decisão do nosso silêncio foi uma decisão institucional. Não teve nada a ver com o presidente do Sporting. Teve a ver com instituição Sporting clube de Portugal”, reforçou.

O presidente dos ‘leões’ defendeu a decisão do clube em não emitir uma nota de pesar pela morte de Pinto de Costa: "Institucionalmente o Sporting seria hipócrita e o Sporting não é hipócrita”.

Jorge Nuno Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto, clube no qual se estabeleceu como dirigente mais titulado e antigo do futebol mundial entre 1982 e 2024, morreu no passado dia 15 de fevereiro ,aos 87 anos.

Empossado pela primeira vez em 23 de abril de 1982, seis dias depois de ter sido eleito sem oposição como sucessor de Américo de Sá, o ex-dirigente exerceu funções durante 42 anos e 15 mandatos consecutivos, levando o FC Porto à conquista de 2.591 títulos em 21 modalidades - 69 dos quais no futebol sénior masculino, incluindo sete internacionais.