O presidente do Brescia, Massimo Cellino, assegurou que retirará o clube da Série A, suspensa devido à pandemia de covid-19, caso o campeonato italiano de futebol da época 2019/20 seja retomado.
“Se nos obrigarem a jogar estou disposto a retirar a equipa do campeonato e perder, de imediato, todos os jogos. Fá-lo-ia em respeito pelos cidadãos de Brescia e os seus entes queridos que morreram”, disse Cellino.
O dirigente, que reafirmou que a Série A não deve ser retomada esta temporada, recusou que a tomada de posição tenha algo a ver com o facto de o Brescia ser último classificado, em zona de descida.
“É-me indiferente descer, até agora merecíamos e tenho as minhas responsabilidades”, acrescentou o presidente do clube, de uma cidade que é um dos principais focos do novo coronavírus em Itália, o segundo país com mais casos de pessoas infetadas (110.574), e o primeiro com mais mortos (13.155).
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 905 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 46 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 176.500 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia, e o continente europeu é neste momento o mais atingido, com perto de 33.000 mortos e acima de 490 mil pessoas infetadas.
Em Portugal, que está em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril, registaram-se 187 mortes e 8.251 casos de infeções confirmadas, segundo o balanço feito na quarta-feira pela Direção-Geral da Saúde.
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