A câmara ajudicatória do Comité de Controlo Financeiro de Clubes (CFCB) da UEFA anunciou hoje ter decidido excluir os italianos do AC Milan da próxima edição das competições europeias de futebol.
Em comunicado, o corpo presidido pelo jurista português José Narciso da Cunha Rodrigues explicou que a decisão se deve à quebra nas regras do ‘fair play’ financeiro, em particular “o requerimento de ‘break even’”, ou seja, o clube passou o ponto em que um projeto atinge um equilíbrio entre as receitas e as despesas que gera.
"O clube está excluído de participar na próxima competição da UEFA para a qual se qualifique dentro das duas próximas temporadas", revela o comunicado, explicando ser uma competição em 2018/19 ou 2019/2020.
A equipa de André Silva pode recorrer desta sentença para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS).
O AC Milan, que terminou em sexto lugar e poderia disputar a Liga Europa, foi vendido em abril de 2017 a investidores chineses por 740 milhões de euros.
O consorcio tem estado sob atenção da UEFA, depois de ter investido 200 milhões de euros no último verão para contratar jogadores, entre eles o português André Silva ao FC Porto, e teve depois de pedir um empréstimo a um grupo norte-americano.
Esta não é a primeira vez que o AC Milan fica fora das competições europeias. Em 20 de março de 1991, os italianos perderam por desistência o encontro da segunda-mão dos quartos de final da Liga dos Campeões frente ao Olympique de Marselha.
Na altura, os 'rossoneri' deixaram o terreno de jogo na sequência de um problema de iluminação no estádio do emblema francês.
Esta decisão custou-lhes um ano de suspensão das provas europeias. Adriano Galliani, diretor do AC Milan, foi punido com dois anos de suspensão de funções associadas ao futebol.
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