Carlos Queiroz revelou esta segunda-feira que não teve qualquer responsabilidade nos maus resultados de Portugal frente ao Chipre e à Noruega. O ex-seleccionador nacional, em entrevista à SIC, afirmou que participou apenas na convocatória para o jogo frente ao Chipre e remeteu as responsabilidades para o seu adjunto na altura, Agostinho Oliveira.
«Participei com Agostinho Oliveira apenas na primeira convocatória [empate 4-4 com o Chipre], mas a responsabilidade de orientar a equipa foi de Agostinho Oliveira. [Os membros da Federação] Nem me deixaram aproximar do hotel onde os jogadores pernoitaram. Foi uma situação complexa e pouco propícia e penso que terá influenciado nos resultados»», disse Queiroz, adiantando que tentou dar indicações a Agostinho mas que este as ignorou durante o jogo com o Chipre.
Queiroz acusou ainda a FPF de o impedir de se aproximar do hotel onde estava a selecção nacional após o empate com o Chipre (4-4).
Carlos Queiroz vai ser ouvido esta quarta-feira na sede do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), na Suíça, na sequência do castigo de seis meses imposto pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP), por perturbar a realização de um controlo anti-doping durante o estágio de Portugal, na Covilhã, a 16 de Maio do ano passado. Castigo esse que foi suspenso pelo TAS.
«A minha contestação assenta em dois princípios: repor a verdade e desmascarar algumas pessoas», reforçou à SIC.
O treinador está confiante numa decisão favorável e revelou que tem recebido convites de clubes estrangeiros. «Quero ganhar a paz interior, depois desta tramóia enorme que me foi montada», concluiu o antigo seleccionador.
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