Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, reagiu hoje à polémica relacionada com os incidentes em torno do jogo de Portugal com a Hungria no Estádio da Luz, e assumiu que está a trabalhar no sentido de legalizar o grupo de apoio à seleção nacional, ao contrário do Benfica em relação às suas claques.
Em entrevista à rádio TSF, Fernando Madureira garantiu que os cânticos contra o Benfica surgiram na sequência de provocações levadas a cabo por elementos das claques do clube da Luz.
"Se as pessoas vão apoiar Portugal e aparecem elementos de claques do Benfica, que não estão legalizadas e não querem pertencer à claque nacional e vão boicotar o trabalho de quem vai apoiar a seleção nacional, nada mais normal do que responder na mesma letra. E isso foi fora do estádio, a umas centenas de metros. Não estou a ver onde está o problema. Coisas que acontecem todos os fins de semana no futebol", afirmou Fernando Madureira à referida rádio.
"O único incidente para mim foi a tentativa de agressão ao senhor Jaime Marta Soares por parte de elementos de claques do Benfica, os mesmos elementos que quando íamos para o estádio, e que se pode ver na net, aparecem em cima de um viaduto a insultar e a tentar atirar pedras. Foi a única vez que surgiram cânticos contra o Benfica. De resto, antes e depois do jogo não houve insultos a ninguém", acrescentou o líder dos Super Dragões sobre as alegadas tentativas de agressão a Jaime Marta Soares antes do jogo entre Portugal e Hungria.
Em relação à própria claque de apoio à seleção nacional, Fernando Madureira assumiu que a mesma ainda não está legalizada, mas que já foram dados os primeiros passos para que seja oficializada em conformidade com a lei, ao contrário de outros clubes que ainda não tem as suas claques legalizadas.
"Não é uma claque oficial mas está a trabalhar-se nesse sentido. Já foram apresentadas propostas à Federação e estamos a seguir os trâmites legais para a legalização das claques como os Super Dragões e a Juve Leo, ao contrário do Benfica, que as suas claques não são legalizadas e o Benfica não as quer legalizar ou não consegue. O Benfica devia era estar preocupado com isso, para o bem do futebol português e do desporto", disse o líder dos Super Dragões para garantir depois que não há atualmente qualquer apoio logístico por parte da FPF.
"[A claque de apoio à seleção] não tem contado com o apoio da FPF. Só apoio logístico no Europeu para nos venderem bilhetes para um determinado local para ficarmos todos juntos. Não há apoio financeiros nem carrinhas da Europcar, como o Benfica dá às suas claques", atirou Fernando Madureira.
"Nós temos uma pessoa que vai ser o oficial de ligação, que nos vende os bilhetes para um determinado lugar. Para este jogo queríamos 500 a 600 bilhetes, mas só conseguimos comprar 160. Se fossemos uma claque legalizada se calhar teríamos direito aos bilhetes todos. O que nos fizeram foi vender os bilhetes para um setor específico, para ficarmos todos juntos", frisou Fernando Madureira.
Questionado sobre os autocolantes deixados no Estádio da Luz por elementos das claques de Portugal, Fernando Madureira desvalorizou esses incidentes, considerando que não são assim tão graves.
"Sim, isso é verdade, aconteceu. Podiam ter colocado no cinema, no metro, no avião. As pessoas levam autocolantes nos bolsos e fizeram isso. Não sou a favor disso e transmiti-o. Isso é uma das coisas más que aconteceram, mas penso não ser assim tão grave. São coisas que com uma unha se conseguem tirar".
A terminar, Madureira fez questão de dizer que o nome da claque de apoio à seleção nacional será 'Ultras Portugal', e que será 'aberta a todos os portugueses" que queiram "apoiar a seleção, independentemente do clube".
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