O secretário de Estado da Juventude e Desporto, Laurentino Dias, disse hoje que espera que a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) “adeque os estatutos ao novo regime jurídico para viver nos moldes das restantes” federações.
“As federações desportivas são todas iguais perante a lei e todas têm obrigação igual de cumprir a lei”, disse Laurentino Dias, que falava à margem do lançamento da primeira pedra do Centro de Alto Rendimento de Gaia.
Questionado sobre se já tinha analisado a carta que lhe foi enviada pela Federação Portuguesa de Andebol (FPA), que se insurgiu contra o regime em que permanece a FPF, Laurentino Dias afirmou que sim e que era uma exposição legitima.
“É legítimo a Federação Portuguesa de Andebol dizer que não gosta do facto de ter mudado os seus estatutos, como outras 60 federações, algumas com algum trabalho para adequar os seus estatutos à lei, e uma ou duas ainda não o ter feito”, disse.
Ainda de acordo com Laurentino Dias, “no fundo, o que a Federação Portuguesa de Andebol quer dizer é que a lei tem que ser para todos. Só espero que tenha mandado a exposição também à sua congénere do futebol”.
“O que a federação de andebol se esqueceu de referir na exposição é que a Federação Portuguesa de Futebol tem suspensa, desde Abril passado, a utilidade pública desportiva em algumas áreas e por isso tem sido penalizada”, referiu.
Para Laurentino Dias, a carta da Federação Portuguesa de Andebol, assinada pelo seu presidente da Assembleia Geral, Pedro Feist, não tem outro significado do que o de uma comunicação de recriminação à FPF e não a si.
“Recriminação pela FPF ainda não ter adequado os seus estatutos. Espero que o faço para que a vida da FPF aconteça nos mesmos moldes das demais restantes federações, que são todas iguais perante a lei e todas tem obrigação igual de cumprir a lei”, acrescentou.
O presidente da AG da FPA enviou a Laurentino Dias, a 19 de Outubro, uma carta a exigir “medidas firmes” contra a FPF, por esta “não cumprir com os deveres legalmente estabelecidos”.
Pedro Feist considerou que a FPF se encontra à margem da lei aplicada às restantes federações e exigiu que Laurentino Dias “preste esclarecimentos sobre as razões que levaram a este impasse” e a uma situação que classifica “no mínimo imoral”.
A pretensão da FPA foi secundada por outras federações, nomeadamente a de basquetebol e de voleibol, que consideram que compete ao Estado resolver o problema levantado pela FPF.
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