O antigo presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madail, classificou de 'ficção' as revelações de Carlos Cruz, relatadas na autobiografia do ex-apresentador de televisão, sobre os alegados subornos pagos a dirigentes federativos europeus para garantir a organização do Euro2004.
Em declarações ao jornal Record, o presidente honorário da FPF de 71 anos desmentiu categoricamente os relatos do antigo presidente da Comissão Executiva da candidatura portuguesa ao Euro 2004, e atacou o ex-apresentador de televisão garantindo que, 'se alguém convidou alguém para férias no Algarve, eu não fui de certeza'.
"Carlos Cruz devia estar calado e recatado. E ter pudor. É tudo completamente falso e ficção. Não gastámos um tostão a comprar minguém. Gastei muito da minha vida nas viagens que fiz para apresentar a nossa candidatura, sem favorecimentos. Tenho é dúvidas do que ele foi fazer a Londres para falar com uma agência. Foi a única cooisa que não controlei. Aí é que não sei o que ele fez", disse Gilberto Madail em declarações ao jornal Record.
"Nunca quis Carlos Cruz no Euro. Foi um nome imposto pelo Governo", sentenciou o antigo presidente da Federação Portuguesa de Futebol.
Entretanto, a UEFA já reagiu às denúncias feitas por Carlos Cruz, e garantiu que vai estar atenta aos desenvolvimentos uma vez que desconhecia o teor das revelações feitas na autobiografia do ex-apresentador de televisão. Em declarações ao referido jornal desportivo, a UEFA afirmou não ter ainda conhecimento das denúncias feitas por Carlos Cruz, mas prometeu atuar caso encontre provas de ilegalidades na atribuição do Euro2004. Recorde-se que os recentes escândalos na FIFA por causa da atribuição de Mundiais fazem com que este tema seja tratado com o máximo cuidado pela UEFA.
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