A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) demarcou-se hoje de qualquer grupo organizado de adeptos e condenou que se tente instrumentalizar a seleção nacional, depois da polémica gerada durante o Portugal-Hungria, no sábado.
Num comunicado de quatro pontos, “a FPF esclarece que não formou um grupo organizado de adeptos” e “condena de forma inequívoca toda e qualquer tentativa de instrumentalização da seleção nacional, que é de todos”.
A posição da federação surge um dia após o Benfica ter exigido ao organismo uma clarificação da sua relação com um grupo de adeptos que tem apoiado a seleção e que reúne elementos dos Super Dragões e da Juventude Leonina, claques afetas ao FC Porto e ao Sporting, respetivamente.
“A FPF reafirma que sente que todos os portugueses formam o maior e melhor património de apoio à nossa seleção”, lê-se no comunicado da federação, que “agradece o apoio massivo que a seleção nacional tem tido por parte dos portugueses, em Portugal e em todo o mundo, como sucedeu recentemente nos jogos disputados em Lisboa e na Madeira”.
No sábado, a seleção portuguesa, campeã da Europa, derrotou a Hungria, por 3-0, em jogo do grupo B da fase de qualificação europeia para o Mundial2018, no Estádio da Luz, onde contou com o apoio de um grupo organizado de adeptos, de claques de FC Porto, Sporting e Vitória de Guimarães.
Estes adeptos chegaram ao recinto ‘encarnado’ sob escolta policial e entoaram cânticos considerados ofensivos para o clube anfitrião, o Benfica, que na segunda-feira exigiu uma clarificação à FPF.
“O Benfica exige que a FPF se demarque, de uma forma clara, desta espécie de ‘claque’ da seleção, que vai para o estádio insultar outros clubes”, disse fonte oficial do Benfica.
A mesma fonte afirmou que “o Estádio da Luz estará sempre aberto para a seleção portuguesa”, depois de vários órgãos de comunicação terem noticiado a possibilidade de o Benfica deixar de ceder o seu recinto.
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