Fernando Santos isolou-se hoje na liderança do ‘ranking’ dos selecionadores portugueses de futebol com mais jogos, ao somar o 75.º em Saint-Denis, face à França, deixando para trás o brasileiro Luiz Felipe Scolari.
No mesmo local onde de estreou, há precisamente seis anos, com um desaire por 2-1, e onde conquistou o Europeu, em 10 de julho de 2016, o técnico que completou no sábado 66 anos empatou a zero, em encontro a contar para a Liga das Nações.
Para trás, ficou Scolari, que comandou a formação das ‘quinas’ num total de 74 encontros, de 12 de fevereiro de 2003 e 19 de junho de 2008.
Agora com mais um jogo, Fernando Santos apresenta números globalmente superiores aos do técnico ‘canarinho’, com mais quatro vitórias (46 contra 42), o mesmo número de empates (18) e menos três derrotas (11 contra 14).
Em matéria de golos, o atual selecionador luso também lidera, uma vez que, no seu ‘reinado’, Portugal marcou 147 golos, contra os 144 da ‘era’ Scolari, liderando também o ‘mano a mano’ com o brasileiro nos tentos sofridos (54 contra 62).
No que respeita apenas a jogos oficiais, os números de Fernando Santos são ainda mais impactantes: em ‘redondos’ 50 jogos, mais sete do que Scolari, soma mais nove vitórias (34/25), mais dois empates (13/11), menos quatro derrotas (3/7), mais 23 golos marcados (104/81) e mais um sofrido (33/32).
De todos os dados estatísticos, o mais importante do treinador que passou por Benfica, FC Porto e Sporting é, porém, o que se refere aos títulos e, nesse particular, ganha ao brasileiro – como a todos os outros ex-selecionadores – por ‘expressivos’ 2-0.
Como Fernando Santos, Portugal conseguiu os primeiros ‘canecos’ em quase 100 anos de história, com o triunfo no campeonato da Europa de 2016, em França, e na edição inaugural da Liga das Nações, cuja fase final decorreu em solo luso, em 2019.
Ainda assim, Scolari também fez história, ao ser o primeiro a conduzir Portugal à final de uma grande competição, o Europeu de 2004, para sofrer a maior desilusão de sempre, com o desaire por 1-0 face à Grécia, em pleno Estádio da Luz.
Em Mundiais, o treinador brasileiro, atualmente com 71 anos, fez melhor do que o atual selecionador, ao levar a formação lusa às meias-finais da edição 2006, realizada na Alemanha.
O conjunto comandado por Scolari, que chegou a essa competição como detentor do título, depois de conseguir o penta para o Brasil em 2002, apenas caiu nas meias-finais, face à França (0-1), depois de mais um penálti de Zinedine Zidane – em 2000 foi nas ‘meias’.
Por seu lado, Fernando Santos não conseguiu melhor do que atingir os oitavos de final, em 2018, ao perder por 2-1 com o Uruguai, culpa de Edinson Cavani, o avançado que o Benfica tentou, sem sucesso, contratar para a época 2020/21.
Scolari chegou à seleção após o fracasso de António Oliveira no Mundial de 2002, no qual Portugal, com a sua ‘geração de ouro’, foi afastado na fase de grupos, e saiu, já com contrato assinado com o Chelsea, após ‘tombar’ face à Alemanha (2-3) nos ‘quartos’ do Europeu de 2008. Seguiu-se a segunda ‘era’ Carlos Queiroz.
Quanto a Fernando Santos, sucedeu a Paulo Bento, que sucumbiu a uma derrota caseira face à Albânia (0-1) a abrir o apuramento para o Euro2016, depois de já não ter ultrapassado a fase de grupos do Mundial de 2014, realizado no Brasil.
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