Horácio Antunes anunciou hoje a retirada da sua candidatura à presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e confessa estar fora de qualquer futuro acto eleitoral.
«Como primeiro reflexo não estou disponível para ser candidato. Diria que não está inviabilizada, mas não vislumbro essa possibilidade. Até ver, estou fora de qualquer acto eleitoral», disse o líder da Associação de Futebol de Coimbra e até ontem o único candidato oficial à presidência da FPF.
Em entrevista ao SAPO Desporto, Horácio Antunes comentou ainda o cenário traçado por Fernando Seara, que já admitiu ser candidato se os novos estatutos forem adoptados e que anunciou uma disputa eleitoral apenas para Junho, devido aos condicionamentos administrativos impostos por este imbróglio jurídico.
«Poderá haver eleições em Junho ou possivelmente mais tarde. Tudo dependerá da Assembleia Geral deste sábado. Neste momento, não estão garantidos os 75 por cento necessários para a aprovação dos estatutos, pelo que a aprovação poderá não ser concluída este sábado. Para além disso será sempre necessário dois ou três meses para estabelecer o colégio eleitoral e eleger os vários repesentantes. E esse trabalho vai demorar alguns meses», referiu o ex-candidato.
Questionado sobre os motivos da sua desistência, Horácio Antunes explica a decisão com o parecer hoje divulgado pelo Conselho de Justiça da FPF, que aponta algumas inconstitucionalidades no novo Regime Jurídico das Federações Desportivas (RJFD), e com a vontade de não condicionar a discussão dos estatutos.
«Decidi sair para permitir que os sócios decidam livremente e para evitar a radicalização de posições», concluiu.
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