Na proposta da direção, a que a agência Lusa teve acesso, estão previstos 37,741 milhões de euros de despesas, contra 37,891 de proveitos, “valores que representam um ligeiro aumento em relação à época de 2009/2010”.
Nas receitas, a FPF prevê um aumento global de cerca 4,5 milhões de euros, sobretudo decorrente da venda de bilhetes, “tendo em conta o grupo em que a selecção nacional se encontra inserida e a perspectiva de apuramento para o Campeonato Europeu de Futebol de 2012, a realizar na Polónia e na Ucrânia”.
Assumindo que este encaixe merece “relevância especial em função da conjuntura”, a direcção da FPF reconhece que esta previsão de receita atenua a diminuição de 400 mil euros com quotizações e de 150 mil com a “atribuição de uma maior percentagem da receita dos clubes que disputam a final” da Taça de Portugal.
Os quase oito milhões de euros de proveitos da participação no Mundial2010 (8 milhões de euros) estão também integrados nesta rubrica, afectada pela “diminuição dos montantes recebidos através da celebração, com o Instituto do Desporto de Portugal (IDP), de contratos-programa de desenvolvimento desportivo”, dada a suspensão da utilidade pública desportiva, decretada pelo secretário de Estado da Juventude e Desporto, a 27 de Abril de 2010.
Apesar de o valor da despesa aumentar também em cerca de quatro milhões de euros, a direcção da FPF garante que “não se encontra contrariada a orientação de contenção de custos”, explicando que este valor inclui 7,5 milhões de euros previstos para as competições internacionais, em grande parte decorrentes da presença lusa no Mundial2010.
O documento prevê uma diminuição de três milhões de euros aos custos de estrutura, de 2,5 milhões de euros em “fornecimentos e serviços externos e aos custos das provas nacionais” e também na verba aplicada aos mini-campos.
Na mesma reunião magna, os sócios ordinários vão ainda analisar e deliberar sobre o Relatório e Contas da época 2009/10, que apresenta um saldo positivo de 489 mil euros.
Neste balanço total de 38,669 milhões de euros, a FPF assinala as quebras de 2,5 milhões de euros nos contratos-programa com o IDP, menos 1,5 milhões de euros em proveitos suplementares – justificando que na época anterior tinham sido vendidos os direitos de transmissão de jogos particulares como o que opôs a selecção lusa ao Brasil – e ainda de 300 mil euros devido “ao novo figurino” da Taça de Portugal.
De acordo com o mesmo documento, durante a época passada a FPF registou uma redução de 330 mil euros nos custos administrativos e de estrutura.
Contabilizando 3,5 ME de gastos na componente de recursos humanos, a direcção do organismo reconhece ser um “valor que continua a ter peso relevante na estrutura” e que “tenderá a racionalizar em função da implementação de medidas de reorganização da estrutura e de adequados procedimentos administrativos”.
A Assembleia-Geral ordinária está marcada para sábado, às 10 horas, no auditório Manuel Quaresma, na sede do organismo em Lisboa, à qual se seguirá, imediatamente, uma reunião magna extraordinária para ratificação e alteração ao protocolo celebrado entre a FPF e a Liga Portuguesa de Futebol Profissional.
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