O Sporting da Covilhã, da II Liga de futebol, vai reduzir o seu orçamento para um valor “à volta de 750 mil euros”, face aos cortes na receita dos direitos televisivos, adiantou, à Lusa, o presidente, José Mendes.
No ano passado o investimento previsto com a equipa de futebol profissional rondava os 900 mil euros.
Segundo o presidente, a receita proveniente dos direitos televisivos vai ser reduzida em cerca de 15% e vai refletir-se no orçamento para a temporada 2022/23.
“Tenho a certeza de que é o orçamento mais baixo da II Liga”, sublinhou José Mendes, que salientou que o Sporting da Covilhã não tem dívidas, sempre pagou os vencimentos antes do final de cada mês e é “um clube cumpridor”.
Para a próxima época, o dirigente já disse não poder prometer a subida ao principal escalão, por haver clubes com orçamentos “oito vezes superiores” e prevê “um ano muito difícil”, mas acentuou não faltar a ambição de chegar “o mais longe possível”.
“Na II Liga, só o Sporting Clube da Covilhã é que é Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ), somos o único clube que não é Sociedade Anónima Desportiva (SAD). Logo, outros têm outras fontes de receita, têm investidores”, disse, embora tenha referido que continuam a ser os sócios a ter o controlo total dos destinos do emblema serrano.
O presidente enfatizou que têm aparecido alguns interessados, mas a opção tem sido manter a SDUQ.
“Têm aparecido alguns investidores com algum interesse, mas nós andamos há 15 anos na II Liga, alguns clubes que fizeram sociedades anónimas já subiram, outros desceram e outros desapareceram”, salientou José Mendes.
O Sporting da Covilhã tem marcada para dia 22 a assembleia geral onde vai ser apresentado e votado o orçamento do clube para a próxima época, e onde também deverá ser dado conhecimento das previsões financeiras da SDUQ, que gere o futebol profissional.
Na reunião magna, que se realiza no Auditório Municipal da Covilhã, às 21:00, serão ainda discutidos outros assuntos de interesse para o emblema serrano.
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