O presidente do Marítimo, Rui Fontes, admitiu na segunda-feira que se demite caso o Plano Estratégico, que irá a votação hoje em Assembleia Geral extraordinária, seja chumbado.
“Perante os resultados, naturalmente, que temos que nos demitir e parar toda a atividade do clube”, afirmou Rui Fontes em entrevista à RTP – Madeira, enfatizando que o objetivo do plano passa por fazer com que o emblema insular “acompanhe a modernização do futebol a nível nacional e internacional, mas se os sócios entenderem que não deve acompanhar eles é que têm o poder de decisão”.
O dirigente ‘verde rubro’ garantiu que ‘em cima da mesa’ está o futuro do clube, despromovido à II Liga 38 anos depois, mas “se os sócios quiserem chumbar o futuro do clube, chumbam o futuro do clube, mas assumem a responsabilidade”.
“O plano estratégico seria um plano de modernização do clube e nele está prevista a entrada de investidores para o capital social da SAD. (...) Temos neste momento três propostas para avançar e dessas três há uma que dentro de uma semana a 10 dias ficará apta a entrar em funcionamento e ela responde claramente às necessidades do clube”, explicou o presidente que cumpre o segundo mandato.
O líder maritimista sublinhou ainda que o “Marítimo ou se adapta ao futebol moderno que a nível nacional e internacional já está a acontecer ou o Marítimo deixa-se ficar para trás, mas isso é uma opção dos sócios”.
Segundo Hugo Caetano, consultor que elaborou e apresentou o plano aos sócios numa sessão de esclarecimento que aconteceu na quarta-feira, os investidores que têm demonstrado interesse “necessitam que este plano estratégico seja visto e seja apreciado, seja com esta direção ou com outra, porque efetivamente a parte principal é a necessidade de profissionalizar a SAD, que está dentro do clube, não está profissionalizada, não desempenha na totalidade o seu objetivo”.
O consultor deu conta que, no que concerne à estrutura empresarial do universo Marítimo, “há um conjunto de empresas que do ponto de vista de estrutura societária não estão dentro da esfera do Marítimo”, situação que torna “impossível atrair investidores, sem a situação estar resolvida”.
O Marítimo tinha sido despromovido pela última vez ao segundo escalão na temporada 1982/83, tendo ascendido ao patamar mais alto do futebol português duas épocas depois, onde permaneceu por 38 anos consecutivos, desde 1985/86.
A Assembleia Geral para a votação do plano terá lugar no Complexo Desportivo do Marítimo, esta terça-feira, às 18:00.
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